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O presidente dos EUA, Barack Obama, prometeu que uma parte substancial dos 140 mil soldados norte-americanos no Iraque voltará para casa dentro de um ano, uma vez que os iraquianos já estariam preparados para assumir maior responsabilidade por sua segurança.

Durante a campanha presidencial, Obama prometeu que retiraria todos os soldados norte-americanos do Iraque nos seus primeiros 16 meses de mandato, e que paralelamente enviaria reforços à guerra do Afeganistão.

Em entrevista à rede NBC, no domingo (1º), Obama elogiou as eleições provinciais iraquianas do fim de semana por terem sido as mais pacíficas desde o início da ocupação norte- americana, em 2003.

No dia do Super Bowl (final do campeonato nacional de futebol americano), Obama foi questionado sobre a possibilidade de que os soldados dos EUA no Iraque assistam em suas casas à disputa do ano que vem. "Sim, vamos apresentar de modo muito formal quais são nossas intenções no Iraque e também no Afeganistão."

O governo Obama, que começou no dia 20 de janeiro, está realizando uma ampla análise da estratégia dos EUA no Afeganistão, onde as forças da Otan enfrentam o recrudescimento da violência e da atividade da milícia islâmica Taliban.

O governo cogita uma quase duplicação do contingente norte-americano nos próximos 18 meses, de 36 mil para 60 mil soldados.

Já com relação ao Iraque, Obama defende uma retirada responsável e gradual. Na semana passada, ele discutiu o assunto pela primeira vez no Pentágono com a cúpula militar dos EUA. Um acordo bilateral entre Washington e Bagdá estabelece que a presença militar estrangeira no Iraque deverá terminar em 2011.

"Em conversas que eu tive com os chefes do Estado-Maior, com comandantes no terreno, acho que temos uma sensação agora de que os iraquianos acabam de ter eleições importantes, sem violência significativa, e que estamos em condição de dar mais responsabilidade aos iraquianos", disse Obama à NBC

Ele disse que os momentos mais tristes da sua presidência até o momento foi ter de assinar cartas enviadas a familiares de soldados mortos nas guerras. Os EUA já tiveram 644 militares mortos no Afeganistão, e 4.236 no Iraque.

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