![Obama prorroga embargo a Cuba por mais um ano Outdoor em Havana marca protesto de cubanos contra o bloqueio econômico, imposto em 1962. Para os EUA, primeiro devem vir reformas | Adalberto Roque/AFP](https://media.gazetadopovo.com.br/2009/09/15-cuba_2_13-09-09-1.0.38255554-gpLarge.jpg)
Venezuela
EUA temem compra de armas russas
O Departamento de Estado americano disse ontem temer "o desejo declarado da Venezuela de aumentar seu arsenal, o que constitui um sério desafio à estabilidade do Hemisfério Ocidental. Caracas anunciou nos últimos dias a compra de mísseis e tanques russos e a intenção de cooperar na área de energia atômica.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prorrogou ontem por mais um ano as medidas do embargo comercial imposto a Cuba previstas na "Lei contra o Comércio com o Inimigo", que proíbe qualquer intercâmbio com países considerados uma ameaça.
A lei, conhecida oficialmente como Regulações de Controle dos Bens Cubanos, foi criada em 1963 como embargo à ilha caribenha.
A Coreia do Norte também era afetada pela lei até junho de 2008, quando o então presidente dos EUA George W. Bush retirou o regime comunista da lista em troca do comprometimento de Pyongyang com avanço nas negociações por sua desnuclearização.
O governo Obama anunciou recentemente duas medidas para ampliar as relações bilaterais e reduzir o embargo americano à Cuba.
Em agosto, o presidente avisou que prorrogará a suspensão da aplicação da Lei Helms-Burton que estabeleceu, em 1996, duras sanções contra a ilha.
A chamada "lei de liberdade e solidariedade democrática para Cuba e conhecida como Lei Helms-Burton pelo nome dos legisladores que a criaram consolidou leis e decretos anteriores sobre o embargo unilateral dos EUA contra Cuba. Ela também proíbe que oficiais americanos restaurem totais relações diplomáticas com Cuba enquanto Fidel ou Raul Castro governarem a ilha.
Já no começo do mês, o Departamento do Tesouro americano anunciou uma suavização de seu regime de sanções contra Cuba, levantando restrições a viagens e a transferências de dinheiro de cidadãos de origem cubana que vivem nos EUA para a ilha comunista.
As novas regras permitem também que cubano-americanos enviem quantidades ilimitadas de dinheiro para familiares em Cuba, e permitem que os bancos americanos criem mecanismos de intercâmbio com instituições financeiras cubanas.
Até agora, os cubano-americanos eram autorizados a viajar para a ilha apenas uma vez por ano e podiam enviar apenas US$ 1.200 para ajudar parentes em Cuba.
As regras colocam em prática as medidas anunciadas em abril passado por Obama para aliviar as restrições em relação a Cuba, país sob embargo comercial americano desde 1962, quando o governo dos EUA reagiu à nacionalização de negócios americanos e à guinada do país para o comunismo.
Obama já afirmou que o embargo comercial não será suspenso até que Cuba aprove reformas democráticas e econômicas, como libertar os presos políticos e permitir a liberdade de expressão.
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Os Estados Unidos deveriam retirar o embargo econômico imposto a Cuba antes que a ilha faça reformas do regime político?
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