Outdoor em Havana marca protesto de cubanos contra o bloqueio econômico, imposto em 1962. Para os EUA, primeiro devem vir reformas| Foto: Adalberto Roque/AFP

Venezuela

EUA temem compra de armas russas

O Departamento de Estado americano disse ontem temer "o desejo declarado da Venezuela de aumentar seu arsenal, o que constitui um sério desafio à estabilidade do Hemisfério Ocidental’’. Caracas anunciou nos últimos dias a compra de mísseis e tanques russos e a intenção de cooperar na área de energia atômica.

CARREGANDO :)

Washington - O presidente dos Estados Uni­­dos, Barack Obama, prorrogou ontem por mais um ano as medidas do embargo comercial im­­posto a Cuba previstas na "Lei contra o Comércio com o Ini­­mi­­go", que proíbe qualquer intercâmbio com países considerados uma ameaça.

A lei, conhecida oficialmente como Regulações de Controle dos Bens Cubanos, foi criada em 1963 como embargo à ilha caribenha.

Publicidade

A Coreia do Norte também era afetada pela lei até junho de 2008, quando o então presidente dos EUA George W. Bush retirou o regime comunista da lista em troca do comprometimento de Pyong­­yang com avanço nas ne­­gociações por sua desnuclearização.

O governo Obama anunciou recentemente duas medidas pa­­ra ampliar as relações bilaterais e reduzir o embargo americano à Cuba.

Em agosto, o presidente avisou que prorrogará a suspensão da aplicação da Lei Helms-Burton que estabeleceu, em 1996, duras sanções contra a ilha.

A chamada "lei de liberdade e solidariedade democrática para Cuba’’ e conhecida como Lei Helms-Burton – pelo nome dos legisladores que a criaram – consolidou leis e decretos anteriores sobre o embargo unilateral dos EUA contra Cuba. Ela também proíbe que oficiais americanos restaurem totais relações diplomáticas com Cuba enquanto Fidel ou Raul Castro governarem a ilha.

Já no começo do mês, o De­­par­­tamento do Tesouro americano anunciou uma suavização de seu regime de sanções contra Cuba, levantando restrições a viagens e a transferências de dinheiro de cidadãos de origem cubana que vivem nos EUA para a ilha comunista.

Publicidade

As novas regras permitem também que cubano-americanos enviem quantidades ilimitadas de dinheiro para familiares em Cuba, e permitem que os bancos americanos criem mecanismos de intercâmbio com instituições financeiras cubanas.

Até agora, os cubano-americanos eram autorizados a viajar para a ilha apenas uma vez por ano e podiam enviar apenas US$ 1.200 para ajudar parentes em Cuba.

As regras colocam em prática as medidas anunciadas em abril passado por Obama para aliviar as restrições em relação a Cuba, país sob embargo comercial americano desde 1962, quando o go­­verno dos EUA reagiu à nacionalização de negócios americanos e à guinada do país para o comunismo.

Obama já afirmou que o em­­bargo comercial não será suspenso até que Cuba aprove reformas democráticas e econômicas, co­­mo libertar os presos políticos e permitir a liberdade de expressão.

* * * * * *

Publicidade

Interatividade

Os Estados Unidos deveriam retirar o embargo econômico imposto a Cuba antes que a ilha faça reformas do regime político?

Escreva para leitor@gazetadopovo.com.br

As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.