Em entrevista coletiva na Casa Branca, Obama anunciou que seu vice-presidente, Joe Biden, vai comandar a comissão encarregada de preparar medidas contra a violência armada| Foto: AFP PHOTO/Mandel NGAN

O presidente norte-americano, Barack Obama, determinou nesta quarta-feira (19) a uma comissão ministerial que lhe entregue até o mês que vem recomendações sobre como endurecer as regras para a regulamentação de armas, numa reação ao massacre da semana passada em uma escola primária de Connecticut.

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Em entrevista coletiva na Casa Branca, Obama anunciou que seu vice-presidente, Joe Biden, vai comandar a comissão encarregada de preparar medidas contra a violência armada.

O presidente disse acreditar que a população será favorável à reinstauração da proibição da venda de armas de assalto de uso militar e de cartuchos de munição de alta capacidade, além da adoção de uma lei exigindo a análise de antecedentes de todos os compradores de armas de fogo.

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Atualmente, vendas em feiras de armas realizadas ao ar livre dispensam essa exigência.

Obama disse que o controle de armas não é a única solução para o problema e que é importante que as pessoas tenham acesso mais facilitado a tratamento mental --"pelo menos tão fácil quanto o acesso a uma pistola".

Massacres armados com vítimas aleatórias são comuns no país, mas nos casos anteriores o debate acabou não resultando em uma maior regulamentação do comércio de armas.

Ao lado de Biden, Obama disse que o grupo ministerial lhe entregará propostas que ele possa anunciar no seu discurso anual do Estado da União, no fim de janeiro. Os ministros envolvidos incluem Eric Holder (Justiça), Janet Napolitano (Segurança Doméstica), Kathleen Sebelius (Saúde e Serviços Humanos) e Arne Duncan (Educação).

"Essa não é uma comissão qualquer de Washington. Não é algo em que o pessoal vai passar seis meses estudando a questão e publicando um relatório que é lido e aí deixado de lado. Essa é uma equipe com uma tarefa muito específica de promover reformas reais imediatamente", disse Obama.

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O massacre numa escola primária em Newtown foi cometido por um rapaz de 20 anos e resultou na morte de 20 crianças, além de seis adultos e do próprio atirador. A tragédia chocou os norte-americanos de uma maneira que massacres anteriores não chocaram.

Até mesmo alguns políticos que antes defendiam ardorosamente o direito à posse de armas passaram a apoiar uma maior regulamentação. A influente Associação Nacional do Rifle, que sempre faz lobby contra iniciativas desse tipo, disse nesta semana que está disposta a oferecer contribuições significativas para garantir que tragédias não se repitam.