O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou em entrevista ao jornal americano Miami Herald que, no próximo encontro que tiver com sua colega argentina, Cristina Kirchner, pedirá a liberação do material confiscado em fevereiro no aeroporto de Ezeiza.
O equipamento estava em um avião C-17 e seria usado em um treinamento para a Polícia Federal argentina. No entanto, segundo Buenos Aires, parte do material - que incluía armas, medicamentos e equipamento de comunicação - não havia sido declarada previamente. A apreensão do material foi supervisionada pessoalmente pelo chanceler Héctor Timerman. Ele ordenou que as caixas fossem abertas, apesar da negativa dos americanos.
"A próxima vez que encontrar a presidente Cristina Kirchner tocarei no assunto: Podem nos devolver nosso equipamento? Mas não será um fato que definirá as relações entre os EUA e a Argentina", disse Obama. Segundo o americano, o caso é "sério", já que "a Argentina foi historicamente amiga e sócia dos EUA". "(O governo argentino) tem em seu poder nosso equipamento de comunicações e não existe nenhum motivo para não o devolver", disse Obama.
Apesar das declarações do americano, Buenos Aires permaneceu em silêncio sobre o assunto. No entanto, fontes da Casa Rosada afirmam que o material não será liberado. O caso provocou tensão diplomática e começou pouco depois de o presidente americano anunciar que não passaria pela Argentina em sua recente visita pela América Latina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.