Uma semana após o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, visitar o mundo árabe, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apoiou em discurso neste domingo a criação de um Estado independente para os palestinos.

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Netanyahu, contudo, condicionou o passo político à desmilitarização da futura nação da Palestina, algo que foi imediatamente rejeitado pelos palestinos. Aliados israelenses da direita e religiosos de Netanyahu também criticaram o plano, visto com suspeitas. Em Washington, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que Obama está comprometido com a solução dos dois Estados e que o discurso de Netanyahu é bem-vindo. Gibbs disse que Obama trabalhará com todos os envolvidos para chegar a uma solução do conflito entre árabes e israelenses.

Netanyahu, em discurso que parece ter sido sua resposta a Obama, recusou-se a responder os pedidos dos EUA para frear imediatamente a expansão de assentamentos judaicos na Cisjordânia. Ele também afirmou que a cidade inteira de Jerusalém deverá permanecer sob controle e soberania israelenses. Israel tomou Jerusalém Oriental, a parte árabe da cidade, na Guerra dos Seis Dias em 1967.

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O principal negociador palestino, Saeb Erekat, disse que o plano de Netanyahu, que chefia um governo de direita, "fechou as portas" às negociações.

O discurso de Netanyahu durou trinta minutos e foi transmitido em cadeia nacional de televisão pela primeira vez. Ele falou na Universidade Bar-Ilan, conhecida como um bastião da direita israelense.

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