O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi recebido pelo primeiro-ministro britânico David Cameron e pela família real para uma visita de três dias ao Reino Unido, iniciada no final desta quinta-feira (21). Apesar da boa relação entre os dois países, a visita tende a ser marcada por tensões em torno do debate sobre a possível saída do Reino Unido da União Europeia.
Diversos políticos britânicos têm declarado que o presidente norte-americano não deveria se envolver com o debate no país. Eles têm chamado Obama de “antibritânico” e “malsucedido”, acusando-o de se intrometer ao sugerir que os Estados Unidos ficariam mais felizes se o Reino Unido continuasse como membro do bloco.
A Casa Branca afirma que Obama está disposto a falar sobre o tema. “Se a ele for perguntada sua visão como um amigo, ele a oferecerá”, disse o vice-conselheiro de Segurança Nacional Ben Rhodes, acrescentando que a posição dos Estados Unidos era clara “Nós apoiamos um Reino Unido forte na União Europeia”.
A agenda de Obama inclui ainda conversas com Cameron sobre a economia global, o combate ao grupo Estado Islâmico e a neutralização da Rússia.
A visita inclui um almoço com a rainha Elizabeth II no Castelo de Windsor, hoje, um dia depois de seu aniversário de 90 anos. Para a imprensa britânica, porém, a visita será dominada por um debate sobre a saída da União Europeia, chamada de “Brexit”.
Cameron tem se demonstrado ansioso por uma intervenção do presidente. Ele está liderando a campanha para a permanência na União Europeia, mas enfrenta oposição dos membros da própria base do governo no Parlamento. O antigo assessor de campanha de Obama, Jim Messina, tem auxiliado a campanha de Cameron pela permanência.
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