A visita da presidente Dilma Rousseff à Casa Branca, no dia 9 de abril, vai estampar a dificuldade de os Estados Unidos qualificarem o Brasil como um parceiro, como China e Índia, e aprofundarem as relações bilaterais.
À líder brasileira não será dispensado o grau de atenção e de honra de uma visitante de Estado. Por falta de outros tópicos mais encorpados, sua agenda positiva com o presidente americano, Barack Obama, terá como ponto principal o envio de estudantes brasileiros aos Estados Unidos.
A negativa estará marcada pelas divergência sobre Síria e Irã e por imbróglios comerciais.
A visita de Estado pode ser realizada apenas uma vez a cada país durante o mandato presidencial e prevê encontros do líder nas sedes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.
Assim foi recebido em Brasília o presidente americano, Barack Obama, em março de 2011. Ao declinar essa atenção especial a Dilma Rousseff, a Casa Branca argumentou não conceder esse tratamento a nenhum visitante neste ano eleitoral no país.
No próximo dia 13, entretanto, Obama receberá o primeiro-ministro britânico, David Cameron, em visita de Estado e com direito a banquete de gala.
A Casa Branca recebeu o presidente da China, Hu Jintao, em janeiro de 2011, e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, em novembro de 2009, em visitas de Estado.
Segundo Mike Hammer, secretário assistente de Estado para Relações Públicas, "não há resistência por parte dos Estados Unidos em aprofundar e ampliar as relações com o Brasil".
Questionado se a resistência estaria no lado brasileiro, ele se esquivou. "Isso você tem de perguntar para os brasileiros", afirmou na última quinta-feira, durante entrevista coletiva em espanhol.
Segundo Hammer, Síria e Irã serão temas abordados durante a visita de Dilma.
Deixe sua opinião