O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reuniu-se discretamente na quinta-feira (8) com os presidentes-executivos da Apple, da AT&T e de outras empresas de tecnologia, além de ativistas em defesa da privacidade, para discutir as práticas de vigilância do governo, confirmou a Casa Branca nesta sexta-feira (9).
O cientista de computação Vint Cerf, do Google, também esteve na reunião, junto com Tim Cook, da Apple, e Randall Stephenson, da AT&T, além de líderes das liberdades civis, disse a Casa Branca, confirmando reportagem do site Politico, que revelou a realização do encontro na noite de quinta-feira.
"A reunião fez parte do diálogo em curso que o presidente convocou sobre como respeitar a privacidade enquanto protegemos a segurança nacional na era digital", disse um funcionário da Casa Branca.
A reunião não constava na agenda pública de Obama na quinta-feira.
Para o encontro de quinta-feira foram convidados, entre outros, o Centro para a Democracia e a Tecnologia e o ativista Gigi Sohn, do grupo Conhecimento Público, além de representantes de organizações similares, disse a Casa Branca.
Funcionários do governo já haviam se reunido reservadamente com representantes do setor e ativistas em defesa da privacidade na terça-feira.
As discussões refletem a forte repercussão das revelações feitas em junho por Edward Snowden, ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional, sobre programas secretos de espionagem dos EUA envolvendo as comunicações telefônicas e digitais de milhões de pessoas dentro e fora do país.
Desde que os programas foram revelados, o presidente tem dito repetidamente que iria buscar um debate nacional sobre a necessidade de vigilância nos EUA, respeitando o direito das pessoas à privacidade.
Críticos acusam o governo de exagerar no âmbito da vigilância e culpam o Congresso por não realizar uma supervisão adequada. Alguns parlamentares se comprometeram defender uma legislação que exige mais responsabilidade para os programas.
Eleição sem Lula ou Bolsonaro deve fortalecer partidos do Centrão em 2026
Saiba quais são as cinco crises internacionais que Lula pode causar na presidência do Brics
Elon Musk está criando uma cidade própria para abrigar seus funcionários no Texas
CEO da moda acusado de tráfico sexual expõe a decadência da elite americana