O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, encontra-se hoje com o presidente haitiano, René Préval. O líder norte-americano renovará o compromisso dos EUA de apoio ao país caribenho em sua reconstrução, após o Haiti ser devastado por um terremoto em 12 de janeiro.
A reunião entre os presidentes ocorre antes de uma conferência internacional de doadores para o Haiti, prevista para este mês. Obama e Préval devem discutir o auxílio já sendo dado, a recuperação e os esforços para reconstruir o Haiti.
Préval busca bilhões de dólares para reerguer a nação, a mais pobre das Américas. No tremor, em janeiro, morreram mais de 220 mil haitianos, segundo dados oficiais. Setenta por cento das mortes ocorreram na capital, Porto Príncipe, e mais da metade da economia haitiana também foi afetada.
Na semana passada, Washington e as Nações Unidas anunciaram que haverá uma conferência de doadores para o Haiti em Nova York, no dia 31. A iniciativa busca mobilizar apoio internacional para a reconstrução haitiana.
Eleições
Préval se encontrou ontem com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton. A mais importante diplomata dos EUA pediu que ocorram eleições no Haiti o mais breve possível. Havia pleitos parlamentares marcados para fevereiro e março, mas eles foram cancelados após o terremoto de janeiro.
Um milhão de haitianos ficaram desabrigados após o tremor. Os sobreviventes afirmam que problemas no governo, como ineficiência e corrupção, além de construções precárias, tornaram o desastre ainda pior. O terremoto haitiano foi menos poderoso que o ocorrido no Chile em 27 de fevereiro, mas no Haiti houve muito mais mortes e destruição.
Préval, de 67 anos, foi presidente entre 1996 e 2001. Atualmente ele não pode buscar um novo mandato e deve deixar o poder em fevereiro de 2011. As eleições presidenciais no país estão previstas para dezembro.
"Hoje, nós enfrentamos uma situação histórica que nos permitirá reconstruir, refundar esse país", disse Préval. "No passado, tudo estava concentrado e focado na capital, onde as elites políticas e econômicas do país vivem, e o restante do país era negligenciado."