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Eleições nos EUA

Obama recua e aceita usar reserva estratégica de petróleo

Diminuição do prazo de 10 anos a dependência do petróleo do exterior foi uma proposta apresentada pelo democrata | Rebecca Cook / Reuters
Diminuição do prazo de 10 anos a dependência do petróleo do exterior foi uma proposta apresentada pelo democrata (Foto: Rebecca Cook / Reuters)

O candidato democrata à Presidência dos EUA, Barack Obama, propôs nesta segunda-feira (4) usar as reservas estratégicas de petróleo para reduzir o preço dos combustíveis, o que até agora rejeitava, e disse que seu rival John McCain é uma ferramenta a serviço das grandes empresas de petróleo.

Obama, que completou 47 anos, apresentou algumas propostas para diminuir num prazo de 10 anos a dependência dos EUA em relação ao petróleo importado da Venezuela e do Oriente Médio. Haveria, por exemplo, benefícios fiscais para compradores de carros híbridos mais eficientes.

Em discurso em Michigan, um Estado estratégico na eleição de novembro - além de ser um reduto da combalida indústria automobilística -, ele propôs liberar 70 milhões de barris de petróleo leve (mais fácil para transformar em gasolina) que estão nas reservas de emergência do país.

Esse petróleo leve poderia ser mais tarde substituído no estoque por petróleo pesado.

"Temos de assumir um compromisso sério e nacional de desenvolver novas fontes de energia, e temos de fazer isso imediatamente", disse Obama em Lansing, Michigan.

Da Pensilvânia, McCain reagiu criticando a oposição de Obama à energia nuclear e à prospecção de petróleo em alto-mar.

"Quem diz que podemos alcançar a independência energética sem usar e aumentar esses recursos energéticos existentes ou não tem experiência para responder aos desafios que enfrentamos ou não está falando abertamente com o povo americano", declarou ele em Lafayette Hill, um subúrbio de Filadélfia.

Duas pesquisas mostram que na última semana McCain pulverizou a vantagem de Obama em nível nacional, e ambos agora estão praticamente empatados. A campanha, cada vez mais agressiva, deve girar essencialmente em torno de temas econômicos até 4 de novembro.

Em um discurso abrangente sobre o futuro energético dos EUA, Obama defendeu um crédito fiscal de 7.000 dólares para ajudar consumidores a comprarem carros mais eficientes.

Ele propôs como meta que até 2015 haja 1 milhão de veículos movidos parcialmente a eletricidade, e que até o final de seu primeiro mandato 10 por cento da matriz energética do país seja de fontes renováveis.

Em um novo anúncio de TV, a campanha de Obama sugere que McCain está "no bolso" das empresas de petróleo. "Após um presidente no bolso das grandes do petróleo - não podemos nos dar ao luxo de mais um", diz o locutor, sobre a imagem de McCain ao lado do presidente George W. Bush.

A campanha de McCain disse que o anúncio deixa de citar o fato de que em 2005 o senador republicano se opôs a um projeto que daria bilhões de dólares em benefícios fiscais para empresas de petróleo e do setor energético em geral. Obama votou a favor da lei, que tinha apoio da Casa Branca.

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