Banner com a palavra “empregos” na sede da Câmara de Comércio, em Washington: tema é principal foco da campanha eleitoral| Foto: Kevin Lamarque/Reuters

Aprovação

Dados de empregos favorecem o presidente

Impulsionada por melhores dados de emprego nos Estados Unidos, a taxa de aprovação do presidente democrata Barack Obama atingiu a marca de 50% e ele conquistou uma clara liderança sobre seu provável concorrente na eleição presidencial de novembro, o republicano Mitt Romney. O levantamento, feito pelo jornal The Washington Post e pela televisão ABC, mostrou Obama chegando à barreira dos 50% pela primeira vez desde que o terrorista Bin Laden foi morto, em maio. Os especialistas alegam que a ascensão dele ocorre no momento em que a recuperação econômica do país parece finalmente estar em andamento, com os eleitores mais confiantes nas políticas do presidente.

Agência Estado

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Representantes da campanha de Barack Obama recuaram e passarão a apoiar explicitamente o su­­perPAC (grupo que levanta fundos para os candidatos).

"Decidimos [apoiar o PAC – Priorities USA Action] porque não podemos deixar que o trabalho que vocês estão fazendo nas co­­munidades seja destruído por milhões de dólares investidos em propaganda negativa", disse Jim Messina, coordenador da reeleição presidencial.

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Os superPACs foram autorizados pela Suprema Corte americana em 2010, mas são alvo de po­­lêmica. Eles podem levantar quantias ilimitadas com empresas ou indivíduos e se aproveitam de bre­­chas legais para adiar a divulgação dos nomes dos contribuintes.

No passado, Obama havia criticado esses grupos, que são considerados independentes e, portanto, não podem coordenar suas ações diretamente com o partido político que apoia.

Representantes de Obama po­­derão aparecer nos eventos do su­­perPAC, administrado por ex-as­­sessores da Casa Branca. O fundo já arrecadou US$ 4,4 milhões (R$ 7,5 milhões).

Um dos objetivos dos PACs é financiar campanhas negativas contra adversários. O Priorities USA Action não era tão ativo quan­­to os supercomitês republicanos (que já levantaram dezenas de milhões de dólares), mas tem ficado mais atuante.

O superPAC de Mitt Romney, líder nas pesquisas de intenção de voto na corrida republicana, arrecadou US$ 30 milhões (R$ 51,7 milhões), vindos de menos de 200 doadores. A maior parte se originou de pessoas e empresas do se­­tor financeiro.

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Mas, se por um lado o fundo de Romney é mais robusto que o do democrata, a campanha arrecadou menos dinheiro que a de Obama. Segundo o site "Open Secrets", para transparência eleitoral, a campanha de Obama tem US$ 125 milhões (R$ 215 mi­­lhões), e a de Romney, US$ 57 mi­­lhões (R$ 98 milhões).

A campanha de Obama prometeu devolver os US$ 200 mil doados pela família do empresário mexicano Juan Jose Rojas Cardona. Ele desapareceu em 1994 após pagar fiança para deixar a prisão em Iowa, acusado de tráfico de drogas. Nos anos posteriores, seu nome foi ligado a ca­­sos de violência e corrupção no México.