Republicanos
Romney escolhe ex-embaixador no Brasil como conselheiro
O pré-candidato republicano Mitt Romney anunciou a escolha de Clifford Sobel, ex-embaixador dos EUA no Brasil, para atuar como conselheiro para a América Latina. Em discurso ontem, Romney prometeu uma "diplomacia robusta" para a região e uma campanha para promoção do comércio.
Republicano e formado em administração, Sobel representou o país em Brasília durante três anos. Para ele, existe uma histórica relação especial entre os países, que foi reforçada pelo bom relacionamento entre os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e George W. Bush.
"Sobel pode ter uma influência positiva, mas a América Latina ainda vai continuar a ter baixa prioridade", avalia o ex-embaixador brasileiro em Washington Rubens Barbosa.
Mitt Romney, que, segundo as pesquisas, está à frente do presidente Barack Obama em intenção de voto, fez ontem seu discurso mais firme centrado em política externa. Pediu um século de domínio norte-americano, falou em ignorar instituições como a ONU se necessário e disse que Deus criou os Estados Unidos para liderarem o mundo.
"Este tem quer ser um século americano. Num século americano, a América tem a economia mais forte e o maior poder militar do mundo. Deus não criou esse país para ser uma nação de seguidores. A América precisa liderar o mundo, ou alguém tomará a frente", afirmou.
Folhapress
A Casa Branca anunciou ontem novas medidas para proteger informações secretas e as redes de computador do governo contra divulgações não autorizadas, como aconteceu ano passado com a publicação de milhares de dados sigilosos pelo WikiLeaks. A ordem assinada pelo presidente Barack Obama é resultado de sete meses de investigações.
Entre as medidas, estão novas diretrizes sobre o número de pessoas com acesso a dados confidenciais, o compartilhamento de informação entre as diferentes agências do governo e a identificação no acesso de arquivos secretos via internet. Cada agência governamental ainda terá um oficial destacado para garantir a segurança de informações confidenciais.
Também está prevista a criação de um grupo de trabalho para "melhorar a proteção e reduzir a vulnerabilidade" dos arquivos de Estado contra o que a Presidência classifica como "ameaças internas". A comissão permanente será comandada pelo procurador-geral dos EUA, Eric Holder, e pelo diretor de inteligência nacional, James Clapper. Com a iniciativa, a Casa Branca pretende "reduzir o risco de futuras infiltrações" e "melhorar a segurança nacional mediante um intercâmbio responsável e controlado de informações confidenciais".
"A segurança da nossa nação requer que informações secretas sejam compartilhadas imediatamente por usuários autorizados ao redor do mundo, mas também requer medidas sofisticadas e vigilantes para assegurar que sejam compartilhadas em segurança", afirma a ordem de Obama.
O governo norte-americano considera que os dados obtidos nos últimos anos pelo WikiLeaks sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão, assim como correspondências do Departamento de Estado, colocaram em perigo os agentes que trabalham para a administração, provocaram a suspensão de importantes projetos e criaram tensões políticas entre Washington e alguns de seus aliados no exterior.
A Justiça dos EUA atribuiu grande parte dos vazamentos ao soldado Bradley Manning, que atualmente está preso acusado de ter repassado dados secretos ao WikiLeaks.
Desde que a organização dirigida pelo australiano Julian Assange publicou alguns dos documentos obtidos, o Pentágono, a CIA [agência de inteligência] e o Departamento de Estado começaram a adotar precauções adicionais para evitar novos vazamentos. O Departamento de Estado mudou o canal até então para o envio de mensagens diplomáticas entre Washington e suas embaixadas em diferentes países. O Pentágono, por sua vez, incorporou novos programas de controle sobre o acesso à internet.
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