Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Eleições/EUA

Obama rejeita compor com a oposição republicana

Obama e o vice-presidente, Joe Biden, saúdam espectadores de comício em Ohio. Estado é o reduto do principal adversário do presidente no Congresso, o deputado John Boehner | Jewel Samad/AFP
Obama e o vice-presidente, Joe Biden, saúdam espectadores de comício em Ohio. Estado é o reduto do principal adversário do presidente no Congresso, o deputado John Boehner (Foto: Jewel Samad/AFP)

Cleveland - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, indicou ontem que seu governo não fará composições com a oposição republicana e não recuará em sua agenda, mesmo diante da inevitável perda do controle da Câmara dos Depu­­tados pelos democratas. A sinalização veio à tona em discurso de 35 minutos proferido em Ohio com o qual Obama encerrou sua participação na campanha para as eleições legislativas de 2 de no­­vembro.

"Não vamos voltar atrás. Va­­mos continuar remando na direção correta", afirmou Obama de um palco montado no ginásio de esportes da Universidade Estadual de Cleveland. Metade da plateia estava vazia.

A escolha do Estado não foi aleatória. Na eleição da metade do mandato presidencial, como a que ocorre amanhã, Ohio é considerado um termômetro política. O resultado local dará o sinal claro das dificuldades e chances de Obama conseguir sua reeleição em 2012. Ohio também é o reduto do principal adversário de Obama no Congresso, o deputado John Boehner, que deverá ser reeleito e assumir a presidência da Câmara.

Atual líder da minoria republicana na Câmara, Boehner mobilizou sua bancada contra a aprovação das reformas dos planos de saúde e do setor financeiro, do pacote de estímulo econômico e até mesmo da extensão da vigência do seguro-desemprego. Como presidente da Casa, deverá criar os obstáculos possíveis a futuras propostas do Executivo, como o fim da redução de impostos para a fatia mais rica da população e a adoção de benefícios tributários permanentes para a classe média.

Injeção de ânimo

Como objetivo primordial, Oba­­ma tentou estimular os democratas a comparecerem às urnas. Para essa ofensiva final, Obama trouxe o vice-presidente Joe Bi­­den. No dia anterior, o ex-presidente americano Bill Clinton con­­duziu um comício em apoio a Strickland e à reeleição também do deputado John Boccieri na ci­­dade de Canton.

O presidente norte-americano insistiu que seu governo afastou o risco de uma segunda recessão, neste ano, e na correção das políticas adotadas para atrair o investimento no setor manufatureiro, de energia limpa e de infraestrutura. Como um apelo, argumentou ser a estratégia da Casa Branca eficaz para tornar o país o "número 1" da economia mundial e trazer de volta os empregos transferidos para a China.

Leia mais sobre as eleições norte-americanas na coluna de Paul Krugman.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.