Obama: Republicanos fazem pequenos negócios de "reféns"

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O presidente Barack Obama acusou os Republicanos neste sábado de "fazer de reféns da política" os pequenos negócios, depois que senadores da oposição se recusaram a apoiar um pacote de empréstimos de 30 bilhões de dólares para este segmento.

Os Republicanos do Senado bloquearam o pacote na quinta-feira, aplicando mais um golpe nos esforços de Obama para mostrar aos norte-americanos, em um ano de eleições disputadas, que seu governo se empenha em atacar um desemprego teimosamente alto.

Com pesquisas de opinião mostrando uma erosão no apoio à maneira como Obama vem lidando com a economia, os Democratas temem que os eleitores os punam pela taxa de 9,5 por cento de desemprego em novembro, quando todas as 435 cadeiras da Câmara dos Representantes e 37 dos 100 assentos do Senado serão disputados.

"Conclamo os líderes Republicanos no Senado a parar de fazer os pequenos negócios de reféns da política, e a permitir uma votação sobre esse projeto de lei," disse Obama em seu programa no rádio e na Internet.

Na terça-feira os líderes Democratas fracassaram em garantir os 60 votos necessários para fazer avançar a medida sobre as objeções republicanas.

A oposição se ressente do fato dos Democratas a terem deixado de fora durante as discussões para alterar o pacote, o que dizem ser mais um exemplo dos excessos de Obama nos gastos governamentais.

A economia deve ser o principal tópico do pleito de novembro, e o crescente déficit norte-americano é outro divisor de águas entre as duas forças políticas.

Em entrevista ao canal de TV CBS, Obama desafiou os Republicanos a mostrar suas idéias para lidar com os problemas de dívida e de déficit dos EUA.

"Agora os Republicanos disseram que essa é sua preocupação número um. Vou forçá-los a mostrar se estão blefando," disse ele, de acordo com trechos divulgados pela emissora.

"Quero ver suas ideias sobre como vamos lidar com essas questões. Eu vou apresentar um monte de ideias," afirmou, dizendo que o pacote para os pequenos negócios é tão bipartidário quanto possível.