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Estados unidos

Obama restringe acesso da polícia a armamentos após tensão racial

Polícia norte-americana não poderá usar alguns equipamentos de acordo com nova medida presidencial | MARIO ANZUONI/REUTERS
Polícia norte-americana não poderá usar alguns equipamentos de acordo com nova medida presidencial (Foto: MARIO ANZUONI/REUTERS)

O governo de Barack Obama anunciou nesta segunda-feira (18) limites mais rígidos para o acesso a equipamentos militares por parte da polícia nos Estados Unidos. A medida é uma resposta ao crescente debate sobre a militarização da polícia e a violência policial contra negros no país.

O anúncio das novas medidas ocorre após as autoridades federais identificarem “riscos substanciais de uso equivocado ou excessivo” de equipamentos como veículos blindados, armas de fogo potentes e camuflagem, o que poderia comprometer a confiança da população na polícia.

A partir de agora, o governo federal deixará de financiar e fornecer às autoridades locais equipamentos como veículos blindados que usem lagartas em vez de rodas (como tanques de guerra), veículos terrestres e aéreos armados, armas de fogo ou munições de calibre igual ou maior que 0.5 polegada (12,7 milímetros), lançadores de granada e uniformes de camuflagem.

As autoridades buscarão, ainda, restringir o acesso a outros materiais e recolher os equipamentos que já haviam sido disponibilizados.

As críticas contra os métodos adotados pelas forças de segurança de diferentes cidades dos EUA se intensificaram após sucessivos episódios de mortes de jovens negros provocadas por agentes da polícia.

Em agosto, a morte de Michael Brown, em Ferguson, provocou uma série de protestos no país. No caso mais recente, em abril, a morte de Freddie Gray, ferido gravemente na coluna ao ser detido em Baltimore, levou a manifestações violentas contra o uso excessivo de equipamentos de repressão pela polícia.

Esses episódios trouxeram à tona o debate sobre a tensão racial nos EUA. Uma pesquisa da Reuters e da Ipsos feita após os protestos em Baltimore apontou que 69% dos entrevistados afirmaram que os EUA têm um problema sério com questões raciais. Cerca de 75% responderam, ainda, que o racismo nos EUA é mais intenso do que o país quer admitir.

“Problemas raciais têm sido mais presentes no país no decorrer do último ano. Desde [os protestos em] Ferguson, tornaram-se mais evidentes problemas que têm ebulido em comunidades”, disse Rashad Robinson, ativista negro que se reuniu com Obama.

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