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O Estado da União

Obama revigora base democrata e enfatiza criação de empregos

Obama se despede no Congresso após discurso: apenas 9 minutos dedicados a questões internacionais | Reuters/Jim Young
Obama se despede no Congresso após discurso: apenas 9 minutos dedicados a questões internacionais (Foto: Reuters/Jim Young)

O presidente dos EUA, Barack Obama, aproveitou o discurso do Estado da União, o mais importante do calendário político americano, para revigorar o apoio da base democrata e mostrar que está aberto ao diálogo com os republicanos.

Obama acaba de sofrer uma derrota política importante com a perda da vaga democrata de senador por Massachusetts. A eleição do republicano para o cargo ameaça a aprovação dos principais projetos da agenda política do primeiro ano de g overno do presidente, como as reformas da saúde e de regulação do sistema financeiro.

O presidente aproveitou a ocasião, ontem, para lembrar que o partido ainda tem a maioria nas duas Casas. E, em vez de dar destaque aos pontos ambiciosos da agenda do primeiro ano de governo, enfatizou o assunto que mais preocupa os americanos hoje: o desemprego. Com uma taxa de de­­socupação de 10%, Obama afirmou que quer aprovar a lei de estímulo à criação de empregos e fomentar vagas em pequenas empresas com crédito facilitad o.

O discurso foi visto por 48 mi­­lhões de americanos, cerca de 4 milhões a menos do que os que assistiram ao seu primeiro pronunciamento ao Congresso no ano passado.

O grande ponto de interrogação na agenda interna de Obama, porém, ainda é a reforma do sistema de saúde saúde. No discurso ao Congresso, Obama disse que não desistiu dos americanos que não têm cobertura e que não soube explicar bem o assunto para a população.

Foi o principal ponto atacado pelos republicanos, que em alguns casos chegaram até mesmo a elogiar parte do discurso. O governador da Virgínia, Bob Mc­­Donnell, afirmou que "muitos americanos não querem entregar o melhor sistema de saúde do mundo para o governo’’.

Especialistas receberam o discurso como um sinal de uma agenda bem menos am­­biciosa do que a do primeiro ano, compatível com um mo­­mento de popularidade em baixa.

Ontem, ele iniciou uma se­­quência de viagens com uma parada em Tampa, na Flórida, onde repetiu que a geração de emprego se tornou a prioridade número um do governo.

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