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questão nuclear

Obama sanciona lei que amplia sanções ao Irã

Barack Obama sancionou a lei que impõe novas sanções ao Irã | Reuters
Barack Obama sancionou a lei que impõe novas sanções ao Irã (Foto: Reuters)

Prometendo que "a porta para diplomacia continua aberta", o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sancionou na noite desta quinta-feira o projeto de lei que impõe as mais duras medidas unilaterais já adotadas contra o Irã pelo país. A proposta, que havia sido aprovada na semana passada pelo Congresso americano, entra em vigor imediatamente.

As novas sanções contra o Irã atingirão "o coração" da habilidade da República Islâmica de desenvolver programas nucleares, segundo comentários preparados para o discurso do presidente americano.

O objetivo da medida, segundo declarações de Obama durante a cerimônia realizada na Casa Branca, é ampliar as restrições aprovadas pelo Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) em junho e atingir "no coração" o projeto nuclear iraniano. Há duas semanas, a União Europeia (UE) também decidiu adotar restrições adicionais por conta própria.

As sanções unilaterais norte-americanas avançam em pontos sensíveis, como a indústria energética iraniana. Além de buscar dissuadir empresas estrangeiras de investir nesse setor, os americanos querem dificultar a exportação de combustível para o Irã. O Irã possui uma das maiores reservas de petróleo do mundo, mas a indústria local não tem capacidade de refino para tornar o país autossuficiente. Assim, o Irã tem uma crônica dependência da importação de gasolina.

Outro alvo das novas medidas dos EUA são as empresas que têm contratos com a Guarda Revolucionária, braço armado do regime iraniano. Todas as firmas que quiserem fazer negócio nos EUA também ficam proibidas de ter contato com o setor financeiro do Irã. Americanos e europeus queriam que o embargo à indústria energética iraniana constasse no texto da resolução da ONU. Chineses e russos, entretanto, opuseram-se à inclusão. Os dois países têm grandes investimentos no setor.

Autoridades iranianas afirmam que seu país não será afetado pelo cerco econômico de norte-americanos e europeus. O chefe da Agência Nacional de Distribuição de Petróleo, Farid Ameri, disse esta semana à Agência Nova China que o regime foi capaz de armazenar 132 milhões de galões de gasolina. Segundo Ameri, o Irã ainda pode contar com outras fontes de suprimento.

Turquia e Brasil, únicos países que votaram contra as últimas sanções da ONU contra o Irã, são críticos às sanções unilaterais dos EUA e UE. Para o chanceler Celso Amorim, a legalidade das medidas é questionável.

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