![Obama se diz disposto a ajudar se Coreia do Norte abrir mão de armas nucleares Presidente norte-americano confirmou que pretende enviar em dezembro seu primeiro representante à Coreia do Norte | REUTERS/Jim Young](https://media.gazetadopovo.com.br/2009/11/obama101150-1.0.60152849-gpLarge.jpg)
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse estar disposto a ajudar a Coreia do Norte a recuperar sua economia e sair do isolamento internacional se Pyongyang deixar de fazer ameaças e abrir mão de suas armas nucleares.
Falando a jornalistas ao final de uma semana de viagem pela Ásia, Obama disse que ele e o presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, concordaram que o Norte precisa parar com sua prática de fazer provocações para em seguida exigir mais concessões, mas sem nunca resolver o problema central.
Lee e Obama também prometeram se empenhar na aprovação, em seus respectivos Parlamentos, de um acordo de livre-comércio firmado há mais de dois anos. Lee se disse disposto a discutir a abertura do mercado automobilístico, principal ponto que entrava a ratificação.
"Nossa mensagem está clara. Se a Coreia do Norte estiver preparada para dar passos concretos e irreversíveis no sentido de cumprir suas obrigações e eliminar seu programa de armas nucleares, os Estados Unidos irão apoiar a assistência econômica e ajudar a promover sua plena integração na comunidade de nações". disse Obama.
A reunião na Coreia do Sul foi a menos problemática de Obama na sua viagem à Ásia, já que com o Japão há discordâncias sobre a futura localização de uma base militar norte-americana, e na China existem divergências a respeito de políticas cambiais, comércio e a situação do Tibete.
Obama e Lee têm tentado pressionar a miserável Coreia do Norte com sanções econômicas e com promessas de incentivo em troca do fim do programa nuclear.
"O que eu quero enfatizar é que o presidente Lee e eu concordarmos que desejamos romper o padrão que existiu no passado, em que a Coreia do Norte se comporta de modo provocativo e em seguida está disposta a voltar a conversar (...), e então isso leva à busca de novas concessões", disse Obama.
Ele confirmou que pretende enviar em 8 de dezembro seu primeiro representante especial a Pyongyang, Stephen Bosworth, para pressionar o regime comunista a retomar o processo multilateral de negociações, paralisado há quase um ano.
Analistas dizem que Obama não teria tomado essa decisão se não tivesse certeza de que Pyongyang voltará ao diálogo.
-
Com baixa produtividade e pautas “emperradas”, Câmara empurra projetos para o 2°semestre
-
Quem são os principais alvos de Lula além de Bolsonaro
-
Quais são os próximos passos da reforma tributária; ouça o podcast
-
Crise econômica, caos dentro do partido: como os conservadores britânicos perderam o poder após 14 anos
Deixe sua opinião