O presidente dos EUA, Barack Obama, fez duras críticas ontem às empresas envolvidas no gigante vazamento de petróleo no Golfo do México. O presidente afirmou que a tentativa de transferir publicamente a culpa pelo acidente é um "espetáculo ridículo".
Em comentários após um encontro com seu gabinete para discutir esforços para conter o vazamento e minimizar seu impacto nas comunidades do Golfo, Obama disse estar irritado e frustrado com acidente, que pode causar um grande desastre ecológico e econômico. "Eu tenho que dizer, no entanto, que eu não aprecio o que eu considero ser um espetáculo ridículo durante as audiências do Congresso sobre a questão. Teve executivos da BP, Transocean e Halliburton caindo um sobre os outros para apontar o dedo da culpa em outro alguém", disse Obama.
O presidente se referiu aos depoimentos nesta semana no Congresso por líderes das três empresas envolvidas no desastre a gigante energética British Petroleum, a Halliburton e a Transocean Ltd. Nenhuma das três assumiu responsabilidade pelo vazamento.
"O que realmente importa é isso: tem petróleo vazando... e precisamos interrompê-lo o mais rápido possível", disse Obama. As projeções científicas sobre o volume de óleo que jorra livremente há três semanas de um poço petrolífero têm variado tremendamente, desde 5 mil barris diários (795 mil litros) aventados pela BP a até 100 mil barris (15,9 milhões de litros) por dia.
O executivo operacional chefe da BP, Doug Suttles, defendeu suas estimativas de que o volume que está vazando por dia seria de aproximadamente 5 mil barris. "Acho que essa é uma projeção acertada", disse Suttles.
A plataforma Deepwater Horizon explodiu no dia 1º de maio, desencadeando o vazamento. A pesca e o turismo, dois dos principais pilares econômicos da Costa do Golfo, estão ameaçados pela mancha de óleo crescente, que também põe em risco a sobrevivência de aves, tartarugas-marinhas e outros animais.