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Obama tem dia de turista em Petra no fim de viagem ao Oriente Médio

Obama aperta a mão do presidente da Jordânia King Abdullah | REUTERS/Larry Downing
Obama aperta a mão do presidente da Jordânia King Abdullah (Foto: REUTERS/Larry Downing)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, maravilhou-se neste sábado diante das belezas da cidade histórica de Petra, na Jordânia, deixando de lado os complicados assuntos diplomáticos e se tornando turista por um dia, no fim de uma visita de quatro dias ao Oriente Médio.

A visita a Petra ocorreu após uma viagem a Israel e aos territórios palestinos, marcada pela reaproximação mediada por Obama entre Israel e Turquia, mas que não foi além de gestos simbólicos na busca pela paz na região.

Antes de ir a Petra, Obama usou sua parada na Jordânia para elevar as críticas ao presidente sírio, Bashar al-Assad, mas não chegou a prometer ajuda militar aos rebeldes para encerrar uma guerra civil que já dura dois anos e custou 70 mil vidas.

Autoridades norte-americanas mostraram satisfação internamente com os resultados da primeira viagem internacional de Obama em seu segundo mandato, mas os assessores do presidente tinham tão poucas expectativas sobre a visita que não foi difícil cantar vitória.

Como um perfeito turista neste sábado, Obama voou de helicóptero a Petra e passeou a pé pelas ruínas restauradas de uma cidade de mais de 2.000 anos e que está em partes sobre abismos de arenito.

Turistas comuns foram impedidos de visitar o local por causa da presença de Obama, e guardas armados cuidavam de cada passo do presidente.

"Isto é realmente espetacular", afirmou o presidente usando óculos escuros, calças cáqui e uma jaqueta escura, enquanto inclinava seu pescoço para poder admirar Petra e a sua fachada na montanha: "É estupendo."

O presidente norte-americano chegou à Jordânia na sexta-feira após um inesperado triunfo diplomático em Israel, onde ele anunciou um avanço nas relações entre Israel e Turquia após uma conversa, por telefone, entre os primeiros-ministros de ambos os países.

O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, desculpou-se em nome de seu país pela morte de nove cidadãos turcos durante um ataque a uma flotilha que se encaminhava para Gaza em 2010, e os dois aliados dos EUA concordaram em normalizar seus laços.

A conversa, que durou 30 minutos, foi feita no aeroporto de Tal Aviv, onde Obama e Netanyahu se encontraram antes de o presidente norte-americano embarcar no Força Aérea Um rumo à Jordânia.

A reaproximação pode ajudar Washington a preparar os esforços regionais para conter as consequências da guerra civil na Síria e amenizar o isolamento diplomático de Israel no Oriente Médio, que enfrenta novos desafios por causa do programa nuclear iraniano.

Durante a visita, Obama aparentemente conseguiu amenizar o desconforto israelense sobre ele, acalmando as preocupações do Estado judeu sobre o comprometimento do presidente em confrontar o Irã e suavizando sua relação com o premiê israelense.

Obama tentou mostrar aos palestinos que não esqueceu suas aspirações por um Estado, mas deixou muitos decepcionados por ter recuado de suas exigências anteriores de uma paralisação na construção de assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada.

O presidente dos EUA não ofereceu novas propostas de paz, mas prometeu que sua administração permanecerá comprometida enquanto acalma as desconfianças de ambos os lados para restaurar as negociações de paz, algo que o presidente não conseguiu no seu primeiro mandato.

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