O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tem uma ampla vantagem sobre possíveis adversários republicanos na eleição presidencial de 2012, mas enfrenta dúvidas sobre sua forma de lidar com a economia, revelou uma pesquisa Reuters/Ipsos nesta quarta-feira.
A pesquisa mostrou que houve um impulso para o presidente depois do assassinato do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden. Quarenta e cinco por cento dos norte-americanos disseram acreditar que Obama vai ser reeleito, um aumento de 10 pontos em relação a uma pesquisa similar realizada antes da eleição parlamentar, em novembro de 2010.
A pesquisa é uma indicação de como será difícil para os republicanos derrotar o presidente atual na eleição de novembro de 2012.
Uma pesquisadora da Ipsos, Julia Clark, disse que os resultados republicanos devem melhorar conforme a disputa ficar mais definida e os norte-americanos ficarem mais bem informados sobre os adversários de Obama.
"A maioria das pessoas não sabe muito sobre essas pessoas, e sempre há uma vantagem para o titular", disse ela.
Os possíveis adversários republicanos de Obama não provocaram muito entusiasmo até agora. Vários ainda estão esperando para anunciar a sua candidatura.
Obama, que fez história em 2008 ao se tornar o primeiro presidente afroamericano eleito nos Estados Unidos, tem uma vantagem imensa contra seus adversários republicanos no momento.
Ele tem intenções de voto de mais de 50 por cento quando comparado aos rivais mais próximos, como o ex-governador de Arkansas Mike Huckabee e o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney, segundo a pesquisa.
Obama está à frente de Huckabee, com 51 por cento contra 39 por cento, e de Romney com 51 por cento contra 38 por cento.
O índice de aprovação do presidente está em 49 por cento, um aumento de três pontos percentuais sobre o mês passado, um salto modesto após a operação de 2 de maio que matou Bin Laden. Outras pesquisas têm dado a ele um impulso um pouco maior pós-Bin Laden.
Obama não tem bons índices de aprovação na frente econômica, que é a questão que deverá determinar se ele vai ganhar novamente em 2012.
Apenas 34 por cento dos norte-americanos aprovam sua administração da economia, um número diretamente relacionado ao aumento dos preços da gasolina para cerca de quatro dólares por galão. Foi índice mais baixo de aprovação de Obama sobre a economia numa pesquisa do Ipsos desde que tomou posse, em janeiro de 2009.
Embora os empregadores estejam contratando em ritmo mais acelerado nos últimos meses, os norte-americanos ainda estão enfrentando uma taxa de nove por cento de desemprego.
"A economia e os empregos são, definitivamente, as principais questões", disse Julia.
Mesmo que o sucesso da missão Bin Laden tenha aumentado o nível de aprovação de Obama na luta contra o terrorismo para 59 por cento, "provavelmente isso não será suficiente para decidir uma eleição, porque sabemos que a economia é a questão mais importante", afirmou.
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