No mesmo dia em que um instituto de pesquisa informou que a confiança do consumidor nos Estados Unidos está no nível mais baixo desde que começou a ser medida, em 1967, o presidente do país, Barack Obama, tentou passar uma mensagem de otimismo aos cidadãos.
Na primeira aparição no Congresso desde que assumiu o cargo, em 20 de janeiro de 2009, Obama reconheceu que a economia "está debilitada" e a confiança dos americanos, abalada.
"Vivemos tempos difíceis e inseguros, mas, nesta noite, quero que todos os americanos saibam o seguinte: vamos nos reconstruir, vamos nos restabelecer. Os EUA sairão mais fortalecidos", afirmou, durante discurso a deputados e senadores.
Ao entrar no plenário da Câmara dos Representantes, Obama cumprimentou dezenas de congressistas e foi aplaudido por mais de cinco minutos. A ovação repetiu-se inúmeras vezes durante o discurso, que durou pouco mais de 50 minutos.
Os EUA vivem a mais grave crise econômica desde o pós-guerra. Obama anunciou três planos para tentar tirar o país dessa situação. O primeiro, de quase US$ 800 bilhões, é voltado para a economia "real" e prevê forte investimento público. O segundo, que pode chegar a US$ 2 trilhões, tem como objetivo resgatar o sistema financeiro. O terceiro, com orçamento de US$ 75 bilhões, será destinado a mutuários com dificuldades em honrar suas hipotecas.
Obama frisou, no discurso, que o pacote para o setor financeiro não significa ajudar os bancos, mas a população. Segundo ele, a economia precisa da retomada do crédito para se recuperar. Para isso, pediu ao Congresso que aprove rapidamente um projeto do governo que reforma a regulação financeira. Para Obama, "a hora da verdade" chegou para os norte-americanos. "Este é o momento em que devemos assumir o controle de nosso futuro", disse.
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