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Obama terá de "vir na nossa direção", diz líder republicano

O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, dirá nesta quinta-feira, ao defender sua tese de que Barack Obama deve ter apenas um mandato presidencial, que as metas do Partido Republicano só serão alcançadas quando um de seus membros voltar à Casa Branca.

Os republicanos ampliaram sua bancada no Senado e fizeram maioria na Câmara na eleição legislativa de terça-feira, impondo a Obama a pior derrota da sua carreira política.

Em discurso a ser feito nesta quinta-feira na entidade conservadora Heritage Foundation, McConnell dirá que Obama precisará mudar de atitude nos dois anos de mandato que lhe restam. Trechos do discurso foram divulgados antecipadamente à imprensa.

"Alguns têm dito que seria indelicado da minha parte sugerir que nossa principal prioridade política nos próximos dois anos seria negar ao presidente Obama um segundo mandato. Mas o fato é que, se nossas metas legislativas primárias são repelir e substituir a lei de gastos com a saúde, acabar com os resgates financeiros, cortar gastos e reduzir o tamanho e escopo do governo, a única forma de fazer todas essas coisas é colocar na Casa Branca alguém que não irá vetar nenhuma dessas coisas."

Obama admitiu na quarta-feira ter cometido erros que contribuíram com a expressiva derrota democrata - como ao adotar um tom agressivo com as empresas, não fazer suficientes progressos para melhorar a economia e não conseguir mudar o "modus operandi" do governo.

Mas ele criticou os republicanos por obstruírem reformas na saúde e no sistema financeiro - agora transformadas em lei - e disse que seus rivais são o "partido do não".

McConnell dirá no discurso que os republicanos irão repetidamente propor e votar pela revogação da reforma da saúde, mesmo antevendo um veto de Obama.

"Podemos esperar que o presidente comece a ouvir o eleitorado após a eleição de terça-feira. Mas não podemos nos planejar em cima disso", diz McConnell no texto do discurso. "Então também teremos de trabalhar na Câmara para negar as verbas para a implementação (dos projetos de Obama), e no Senado por votos contra seus artigos ultrajantes."

John Boehner, deputado republicano que deve se tornar o próximo presidente da Câmara, e McConnell têm demonstrado pouca disposição em negociar com o governo Obama. "Se a administração quer cooperação, terá de começar a vir na nossa direção", dirá o senador.

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