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Obama vai nomear um “ciberczar” para comando de “guerras virtuais”

Obama posa para fotos com funcionários de lanchonete, em Washington: campo de batalha nos computadores | Mandel Ngan/AFP
Obama posa para fotos com funcionários de lanchonete, em Washington: campo de batalha nos computadores (Foto: Mandel Ngan/AFP)

Nova Iorque - Após dizer que as redes digitais dos EUA são "bens nacionais estratégicos’’, o presidente Barack Obama anunciou ontem a criação de um departamento específico na Casa Branca para ação em "guerras virtuais’’. O órgão será coordenado por um "ciberczar’’, cujo nome ainda não foi selecionado.

O novo cibercomando conduzirá não apenas operações de segurança, mas também ofensivas contra "computadores inimigos’’. Membros do governo não quiseram detalhar as potenciais operações ofensivas, mas afirmaram ver o ciberespaço como algo comparável a campos de batalha tradicionais.

Obama disse que tecnologias virtuais já são usadas em conflitos reais. "No ano passado, vislumbramos a próxima face da guerra. Enquanto tanques russos entravam na Geórgia, ciberataques prejudicaram sites do governo georgiano; os terroristas que semearam tanta morte e destruição em Mumbai se apoiaram não apenas em armas e granadas, mas também em sistemas GPS e telefones que usavam voz pela internet.’’

Hoje, ações de segurança virtual nos EUA estão descoordenadas e distribuídas entre vários órgãos, como a Agência Nacional de Segurança (NSA) e o próprio Pentágono. Para Obama, o status quo não é eficiente: "Não estamos tão preparados como deveríamos, nem como governo nem como país. O ciberespaço é real, assim como as ameaças que derivam dele’’. O novo "ciberczar’’ integrará as políticas governamentais de ciberssegurança e coordenará respostas a eventuais ataques virtuais.

A Casa Branca estima que nos últimos dois anos a atuação de criminosos virtuais custou mais de US$ 8 bilhões aos americanos. Só em 2008, dados digitais roubados somam valores de até US$ 1 trilhão em todo o mundo. O próprio presidente sofreu consequências dos ataques – sua campanha à Casa Branca teve os computadores invadidos e espionados.

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