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Barack Obama é recebido pelo General Curtis Scaparrotti e pelo embaixador dos Estados Unidos no Afeganistão, Ryan Crocker | Mandel Ngan/ AFP Photo
Barack Obama é recebido pelo General Curtis Scaparrotti e pelo embaixador dos Estados Unidos no Afeganistão, Ryan Crocker| Foto: Mandel Ngan/ AFP Photo

Barack Obama chega ao Afeganistão nesta terça-feira (1º) em uma visita que coincide com o primeiro aniversário da morte de Osama bin Laden. A visita tem por objetivo firmar um acordo para estabelecer as condições da parceria entre Washington e Cabul após a retirada das tropas estrangeiras do país.

As tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), compostas majoritariamente por militares americanos, devem sair do Afeganistão até 2014. O presidente deve fazer uma declaração pela televisão na noite desta terça-feira. O dia 2 de maio marca um ano da operação que matou Osama bin Laden em Abbottabad, no Paquistão (noite de 1º de maio no horário do Brasil), mas, na campanha presidencial americana, o terrorista está mais vivo do que nunca.

O republicano Mitt Romney acusou Obama de usar politicamente a morte de Bin Laden, já que o primeiro ano da operação feita por uma equipe de elite americana, autorizada por Obama, está dominando a campanha política presidencial. Obama tem tratado a morte do líder da al-Qaeda como a coroação de sua política de segurança nacional e sua campanha tem tentado levantar dúvidas sobre se Romney teria tomado a mesma decisão de ordenar a morte do terrorista. Obama negou que esteja usando a operação que matou Bin Laden politicamente.

Na segunda-feira (30), o presidente recomendou que as pessoas relembrassem suas posições antigas sobre o assunto, sem se referir diretamente ao adversário. - Digo que iria atrás de Bin Laden se nós tivéssemos uma pista clara sobre ele e foi o que fiz. Se existem outros que disseram uma coisa e agora sugerem que fariam outra, eu iria em frente e deixaria eles explicarem isso - afirmou durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca.

Romney esteve em Nova York para marcar a data e lembrar a ligação dos americanos com os ataques de 11 de setembro, ação orquestrada por Bin Laden que matou mais de três mil pessoas e levou os EUA a promover uma guerra no Afeganistão e a rever suas políticas de defesa.

"Eu parabenizo o presidente e a comunidade da inteligência, assim como a equipe 6 do SEAL (grupo de elite que atuou no Paquistão). Então reconheço o sucesso do presidente e penso que ele foi muito correto de pegar os créditos por comandar aquele ataque", disse Romney ao programa "This Morning", do canal CBS, para logo depois completar: "Acho que foi muito desapontador para o presidente transformar isso em um item político ao sugerir que eu não teria ordenado uma operação como essa. Claro que eu teria. Qualquer americano, qualquer americano pensante, teria ordenado exatamente a mesma coisa".

A campanha de Obama já tem lembrado comentários feitos por Romney durante a corrida presidencial de 2008, quando o então candidato democrata Obama afirmou que iria atrás de "importantes alvos terroristas" no Paquistão com ou sem aprovação da Presidência paquistanesa. Romney disse, à época, que não concordava com essa postura. "

Não concordo com as palavras de Barack Obama sobre um plano de invadir um de nossos aliados. Eu não acho que esse tipo de comentário ajuda nos esforços para conquistar mais aliados para nossos objetivos", disse Romney em agosto de 2007. O empresário republicano também chegou a dizer que os soldados americanos "não deveriam ser enviados para todo o mundo".

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