Barack Obama, presidente dos Estados unidos| Foto: Olivier Douliery / EFE

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, retornou neste domingo à Casa Branca após duas semanas de férias no Havaí, trocando o golfe e a praia por um novo desafio político, marcado pela tomada de controle no Congresso pelo Partido Republicano.

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Obama passou o período de descanso ao lado da esposa Michelle e suas duas filhas. Jantou em alguns restaurantes considerados caros e, no último sábado, visitou o líder do grupo Pearl Jam, Eddie Vedder, que o ajudou a arrecadar fundos para a próxima campanha presidencial.

Na próxima terça-feira toma posse o novo Congresso. Os republicanos conquistaram maioria tanto na Câmara dos Representantes como no Senado pela primeira vez desde 2006 após as eleições legislativas de novembro do ano passado.

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"Vamos votar coisas que sei que (Obama) não vai gostar e espero que possamos colocá-las sobre sua mesa", disse hoje o próximo líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, em entrevista à emissora "CNN".

McConnell garantiu que o Senado tentará mais uma vez revogar a reforma da saúde aprovada em 2010, ou pelo menos invalidar aspectos chave da lei apoiada por Obama. Além disso, afirmou que os republicanos votarão a favor da construção do oleoduto Keystone XL, que transportará petróleo cru do Canadá ao Golfo do México.

No mês passado, Obama questinou o benefício da obra para os americanos e mostrou preocupação por causa das possíveis repercussões ambientais negativas do projeto.

Além do início da relação com o novo Congresso, Obama tem pela frente nesta semana um encontro com o presidente do México, Enrique Peña Nieto. Ele será recebido na terça-feira na Casa Branca para conversar sobre assuntos econômicos e de segurança.

Na quarta-feira, o presidente americano fará uma viagem de três dias a Detroit, Phoenix e Tennesse, com objetivo de preparar o terreno para seu discurso anual sobre o Estado da União no Congresso, marcado para o dia 20 de janeiro.

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Como seus dois antecessores, George W. Bush e Bill Clinton, Obama esperou nos últimos anos a véspera do discurso para divulgar os temas que pretendia abordar, viajando pelo país na sequência.

A estratégia, contudo, foi alterada. Obama se preparará para o discurso no qual "apresentará novas ações específicas e antecipará novas propostas legislativas", conforme a Casa Branca.