Os norte-americanos seduzidos pela propaganda on-line do Estado Islâmico (EI) e de outros grupos militantes constituem a maior ameaça terrorista aos EUA, que fica especialmente vulnerável aos combatentes estrangeiros que retornam da Síria, disse ontem um alto funcionário de segurança dos EUA.
Embora não existam evidências de que o grupo islâmico radical planeje um ataque em solo norte-americano, a máquina de propaganda vigorosa e os esforços de sofisticados recrutamentos na internet criaram uma ameaça potencial.
Os chefes do FBI, Segurança Interna e do Centro Nacional Contraterrorismo emitiram o aviso em uma audiência perante o Comitê de Segurança Interna da Câmara.
Eles falaram enquanto militares dos EUA se preparam para expandir a ação militar liderada pelos EUA contra o EI, desde o Iraque para a Síria, e antes de uma votação na Câmara dos Deputados, a pedido do presidente Barack Obama, para armar rebeldes sírios para combater os militantes, que acabou sendo aprovada.
O grupo se esforça para recrutar até dois mil ocidentais que viajaram para a Síria para lutar contra o governo do presidente Bashar al-Assad. Entre os combatentes estrangeiros, estão 100 americanos que "podem, eventualmente, voltar radicalizados e determinados a nos atacar", disse Matt Olsen, a principal autoridade dos EUA contra o terrorismo.
Olsen disse que a Síria permanece como importante campo de treinamento para grupos independentes e alinhados à Al-Qaeda, e que a taxa de viajantes que vão para a Síria superou o de pessoas que foram para o Afeganistão, Paquistão, Iraque, Iêmen ou na Somália nos últimos 10 anos.
Os congressistas pressionaram as autoridades administrativas sobre como elas podem impedir os ataques dos extremistas dentro do país ou de combatentes estrangeiros vindos da Síria, que podem ter passaportes europeus ou dos EUA.