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O presidente do México disse que meios de comunicação que relataram ameaças de grupo ligado ao Cartel de Sinaloa a Fernando Villavicencio são “meios de manipulação”
O presidente do México disse que meios de comunicação que relataram ameaças de grupo ligado ao Cartel de Sinaloa a Fernando Villavicencio são “meios de manipulação”| Foto: EFE/Sáshenka Gutiérrez

Além do Brasil, governos de outros países, a União Europeia e a Organização dos Estados Americanos (OEA) se manifestaram a respeito do assassinato do candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio, morto a tiros no início da noite de quarta-feira (9) quando saía de um comício em Quito.

Confira a repercussão pelo mundo:

União Europeia

O assassinato de Villavicencio “é também um atentado contra as instituições e a democracia no Equador”, destacou o alto representante da UE para Relações Exteriores, Josep Borrell, em um comunicado divulgado em nome do bloco europeu.

“Os autores e organizadores deste crime hediondo devem ser levados à Justiça. Além disso, para garantir um processo eleitoral democrático livre, é crucial que medidas fortes sejam adotadas para proteger todos os candidatos”, afirmaram os países-membros da UE.

Estados Unidos

O governo dos Estados Unidos afirmou nesta quinta-feira (10) que o assassinato de Fernando Villavicencio é um “ataque flagrante” contra a democracia e o Estado de Direito no Equador.

“Estendemos nossas condolências à família e entes queridos do candidato presidencial equatoriano Fernando Villavicencio. Os Estados Unidos condenam energicamente este ato descarado de violência e ataque à democracia no Equador”, disse o assessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.

México

Antes de ser morto, Villavicencio havia denunciado ameaças de José Adolfo Macías Villamar, vulgo “Fito”, identificado como o líder de Los Choneros, grupo ligado ao Cartel de Sinaloa.

Mas, questionado sobre o assunto, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, negou que seu governo tenha informações a respeito do crime.

“Não temos essa informação, e me chama a atenção que imediatamente comecem a atribuir a culpa de forma muito sensacionalista, pouco séria e pouco responsável nas [falas de] autoridades e nos meios de informação, que na maioria dos casos são de manipulação, não meios de informação”, disse.

OEA

O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, fez um apelo nesta quinta-feira pela defesa da democracia no Equador.

“O inimigo da democracia é o crime organizado”, disse Almagro no início de uma sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA em Washington, na qual acrescentou que a organização está disposta a concentrar seus esforços para “garantir o Estado de Direito” no Equador.

Colômbia

O Ministério das Relações Exteriores do governo de Gustavo Petro condenou “veementemente o assassinato do candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio”, em nota, na qual apresentou condolências aos amigos e familiares do presidenciável e disse confiar no esclarecimento dos fatos.

Peru

Outro governo de esquerda da região, a gestão de Dina Boluarte expressou “sua mais firme rejeição a qualquer ato de violência e intimidação que afete o desenvolvimento da democracia na região”.

Argentina

Em nota curta, o governo de Alberto Fernández disse repudiar “o assassinato do candidato presidencial equatoriano Fernando Villavicencio e expressa sua solidariedade ao povo equatoriano e condolências à sua família e entes queridos”.

Uruguai

Um dos poucos governos conservadores da América do Sul, a gestão Luis Lacalle Pou se manifestou por meio de nota do Ministério das Relações Exteriores.

“O governo do Uruguai expressa sua condenação e consternação pelo assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio perpetrado ontem em Quito e apresenta suas condolências à família, ao governo e ao povo equatoriano”, destacou. (Com Agência EFE)

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