Os observadores da Liga Árabe na Síria se reuniram nesta terça-feira (27) com o governador de Homs (centro), centro da revolta contra o regime de Bashar al-Assad, informou um canal de televisão privado.
"A delegação de observadores da Liga Árabe iniciou a reunião com o governador de Homs, Ghasan Abdel Al", anunciou o canal Dunia, antes de informar que o grupo também pretende visitar Hama (norte) e Idleb (noroeste), mas sem revelar as datas das viagens.
O general sudanês Mohamed Ahmed Mustafah al-Dabi, chefe da missão da Liga na Síria, anunciou mais cedo à AFP que observadores da organização estavam a caminho de Homs.
O militar destacou que o regime de Damasco "coopera" com os 50 observadores que desembarcaram na segunda-feira no país. No mesmo dia, mais de 30 pessoas morreram em Homs, onde vários bairros foram bombardeados pelas forças governamentais, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH, ligado à oposição), que tem sede em Londres.
"Vou a Homs. Até agora foram cooperativos", afirmou o general à AFP em um comentário sobre as autoridades sírias.
De acordo com a oposição, no entanto, o Exército sírio retirou tanques do bairro de Baba Amro, na cidade de Homs, antes da chegada da missão da Liga Árabe.
Onze tanques deixaram o local no início da manhã, informou à AFP Rami Abdel Rahman, diretoror do OSDH.
A missão dos observadores é parte de um plano para acabar com a crise, que prevê o fim da violência, a libertação dos detentos, a saída do Exército das cidades e a livre circulação no país para os observadores e a imprensa.
Segundo a ONU, mais de 5.000 pessoas morreram na Síria desde o início da revolta contra o regime de Assad.
O regime afirma que a violência é responsabilidade de "grupos armados" que tentam espalhar o caos no país e alega que os confrontos já mataram 2.000 soldados.