Os primeiros observadores das Nações Unidas chegaram neste domingo (15) em Damasco para preparar a missão que será encarregada de supervisionar o cumprimento do plano de paz do enviado especial Kofi Annan, informaram à Agência Efe fontes da ONU.
Um grupo de seis observadores seguiu em direção à Síria depois do Conselho de Segurança ter aprovado por unanimidade sua primeira resolução sobre a crise síria, que supõe o envio de uma missão avançada de 30 observadores militares não armados para verificar o desenvolvimento da iniciativa de paz no país.
O porta-voz da ONU Khaled Masri assinalou que estes primeiros integrantes da equipe da ONU chegaram em um avião da companhia Jordanian Air e já foram recebidos por um general indiano.
A partir desta segunda-feira espera-se que os observadores iniciem suas tarefas no país. Outras duas pessoas também devem reforçar essa missão, acrescentou Masri, que especificou que a equipe de observadores devera contar com cerca de 30 membros nos dois dias seguintes.
As autoridades sírias deram as boas-vindas à equipe "técnica" de observadores e apontaram que Damasco está comprometido com o plano da ONU, que exige que os observadores tenham total liberdade de movimento e a possibilidade de entrevistar quem eles desejarem.
Busaina Shaaban, assessora do presidente sírio, Bashar al Assad, indicou aos jornalistas que a Síria está interessada em ter aos observadores no país para que vejam "quem estão cometendo os assassinatos, os sequestros e os atos de destruição".
A chegada da missão da ONU coincide com o frágil cessar-fogo decretado na última quinta-feira e que supôs uma redução do nível da violência, apesar do Governo e dos grupos opositores se acusaram mutuamente de terem cometidos violações neste período.
O plano de paz, proposto pelo mediador internacional Kofi Annan, estipula o fim da violência, a libertação dos detidos arbitrariamente, a retirada das tropas sírias das cidades, garantias para a provisão de ajuda humanitária e a abertura de um diálogo político, entre outros pontos.
Pela primeira vez nos mais de 13 meses de conflito, a China e a Rússia, que já tinham vetado essa questão em duas ocasiões anteriores, concordaram em respaldar uma resolução no Conselho de Segurança para autorizar o envio de observadores à Síria.
Segundo dados da ONU, desde que começaram os protestos contra o regime de Assad, em março de 2011, mais de 9 mil pessoas morreram, 200 mil foram deslocadas para outros lugares do país e 30 mil se refugiaram em países vizinhos.
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