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Observadores da União Europeia que estavam na Venezuela para as eleições regionais, realizadas em 21 de novembro, serão obrigados a deixar o país dias antes da data programada para a sua partida.
Analistas da missão da UE e funcionários da equipe terão que partir neste final de semana, depois que o Ministério de Relações Exteriores do regime chavista negou a extensão de seus seus vistos, afirmou uma pessoa com conhecimento da situação à Bloomberg, sob condição de anonimato.
O grupo planejava deixar a Venezuela em 13 de dezembro, seguindo um cronograma que tinha sido combinado com o Conselho Nacional Eleitoral e autorizado pela ditadura.
De acordo com a fonte ouvida pela Bloomberg, eles receberam uma ordem de saída do país do Ministério de Relações Exteriores e do Conselho Nacional Eleitoral, e não houve justificativa para o interrupção da viagem.
Após a divulgação do relatório preliminar da missão, o ditador Nicolás Maduro disse que os observadores eram "espiões" e "inimigos", e que o documento era uma ação para manchar um processo eleitoral "pacífico e democrático".
O relatório preliminar afirmou que a votação atual teve melhores condições do que eleições anteriores na Venezuela, mas também levantou preocupações sobre banimento arbitrário de candidatos, atrasos na abertura de postos de votação e "extenso uso de recursos estatais na campanha".
A porta-voz e chefe da missão, Isabel Santos, já havia deixado o país sul-americano ao final de novembro. A missão não quis comentar sobre a situação do visto de seus membros.
A União Europeia enviou uma equipe de 130 pessoas para supervisionar a votação na Venezuela. Os observadores que ainda permanecem no país estavam fazendo entrevistas e continuavam coletando informações para o relatório final, que deve ser publicado em fevereiro.