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Cairo

Observadores vêem sinais de fraude nas eleições no Egito

Os egípcios votam nesta quarta-feira na primeira eleição presidencial da sua História, na qual o atual presidente Hosni Mubarak deve obter um quinto mandato como líder da nação mais populosa do mundo árabe. Observadores internacionais e independentes do Egito reclamaram das limitações e das dificuldades que têm impedido as equipes de supervisionar de forma real e fiel o processo eleitoral.

Segundo fontes, a polícia e os representantes do governo não permitem a entrada dos fiscais e observadores de Organizações não Governamentais (Ongs) nos locais de votação. Uma das irregularidades apontadas por Mohamad al Nasr, integrante da Companhia Nacional de Supervisão Eleitoral, é a facilidade de remoção da tinta que impediria que um eleitor votasse mais de uma vez.

Naser também apontou a violação da lei que impede a presença de cabos eleitorais "de apoio a (Hosni) Mubarak na entrada dos colégios eleitorais e a ausência de representantes de outros partidos que não sejam do governante do Partido Nacional Democrático (PND)", denunciou.

As urnas abriram por volta de 8h (2h, horário de Brasília) em todo o país. Nas primeiras horas, poucos dos 72 milhões de habitantes compareceram para escolher entre Mubarak e seus nove adversários, a maioria líderes quase desconhecidos de pequenos partidos.

Mubarak, 77 anos, obteve quatro mandatos desde 1981 por meio de um sistema de referendos sobre um candidato único, escolhido pelo Parlamento, que é dominado pelo Partido Nacional Democrático. Ele mudou o sistema este ano, sob pressão dos Estados Unidos e de grupos egípcios. Mas a oposição local duvida que haja uma verdadeira alteração política.

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