A Venezuela registrou 86 derramamentos de petróleo em 2022, uma média de sete por mês em sete diferentes estados do país. É o que diz o relatório anual do Observatório de Ecologia Política (OEP), divulgado nesta terça-feira (6).
A entidade detalhou que esses derramamentos, contados a partir de informações publicadas em redes sociais e na imprensa local, ocorreram nos estados de Zulia (31), Falcón (29), Anzoátegui (14), Monagas (cinco), Carabobo (três), Delta Amacuro e Portuguesa (dois cada).
O OEP afirmou que esses eventos afetam os ecossistemas marinhos e terrestres, mas que "não há informações oficiais" sobre o número de barris derramados, nem sobre as dimensões das áreas afetadas e nem sobre as ações que foram tomadas pelo regime venezuelano para remediar os impactos ambientais após cada incidente.
Além disso, o OEP disse que esses derramamentos têm "implicações diretas" tanto para as comunidades que vivem da pesca, já que o petróleo danifica seus equipamentos de trabalho e os força a entrar no mar, quanto para os produtores agrícolas e comunidades camponesas, que perdem suas colheitas e gado.
"Em 2022, além dos constantes derramamentos, houve também incêndios e explosões em diferentes instalações da PDVSA [empresa estatal de petróleo]. O OEP registrou um total de dez incidentes desse tipo no país", apontou a organização, que explicou que em muitos casos, após um derramamento de petróleo, ocorre um incêndio.
Em 2022, o observatório também registrou outros acidentes em indústrias básicas, como no estado de Bolívar, com "a dispersão de alumina calcinada [óxido de alumínio]", uma substância que "pode causar danos ao corpo e afetar os pulmões".
A organização concluiu que existe "um padrão de abandono da gestão socioambiental por parte da estatal petroleira venezuelana PDVSA, o que significa que as contingências geradas pela indústria e os respectivos males que causam nas populações locais foram negligenciadas”.
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