O centro direitista Sebastián Piñera, 60 anos, tem fama de ser um homem de sucesso nos negócios. É dono de uma das maiores fortunas do Chile, avaliada em US$ 2 bilhões.
Definido como um homem obsessivo em busca de seus objetivos, ele estudou economia em Harvard e fez fortuna com um pragmatismo ao extremo.
Entre suas paixões estão o futebol e helicópteros. Tanto que não titubeou em aceitar a proposta do socialista Evo Morales, presidente da Bolívia, seu adversário ideológico, para uma partida de futebol solidário. É dono do Colo Colo, clube mais popular do Chile, mas abdicou da presidência do time equanto está à frente do país.
O novo presidente era também um dos proprietários da LAN, maior empresa de aviação do país, mas desfez de suas ações após vencer as eleições.
Sua carreira empresarial decolou após ter introduzido no Chile o sistema de cartões de crédito, em 1980. É casado e tem quatro filhos.
Demissão
Ontem, a diretora da Oficina Nacional de Emergência (Onemi, na sigla em espanhol), Carmen Fernandez, pediu renúncia do cargo após as falhas no alerta de tsunami, logo após o terremoto do dia 27. Fernández culpou a imprensa pela saída. Ela era cotada para formar o governo de Piñera.
"Se aqui se buscam culpados, acho que estamos errados com o um país. Todo mundo quer esclarecer as coisas e o país merece esclarecimentos, mas não com a pressão que temos sofrido. Esse é o momento de trabalhar para atender as emergências", disparou ao se referir diretamente às críticas dos meios de comunicação às falhas da Onemi.
Em tom de desabafo, Fernandez disse que a Onemi não teve espaço suficiente na mídia e que não pode ser acusada de relapso e falta de responsabilidade diante da tragédia.
Até o fechamento desta edição, o presidente eleito, Sebastián Piñera, ainda não havia anunciado o nome do novo diretor da Onemi, um órgão central nos trabalhos de recuperção do país e prevenção a catástrofes.
Deixe sua opinião