Os manifestantes do movimento Occupy Wall Street iniciaram seu sétimo mês de protestos contra o sistema financeiro com novas críticas a polícia de Nova York pela excessiva força utilizada em novas manifestações realizadas nas ruas da cidade neste final de semana.
"Se o que pretendem (a polícia) é nos intimidar, não vão conseguir. Há seis meses que pela primeira vez levantamos a voz para dar um 'basta' aos abusos dos bancos, e esse movimento não vai andar para trás", disse nesta segunda-feira à Agência Efe, Mark Bray, porta-voz do movimento.
Durante as manifestações realizadas na Praça Zuccotti, quase 100 pessoas foram presas. "Estão buscando qualquer desculpa para nos prender", declarou Bray.
O movimento tem apoio de diferentes grupos comunitários e vereadores latinos. Três legisladores, que já foram presos durante protestos há três meses, criticaram a ação do chefe de polícia Raymond Kelly e do prefeito Michael Bloomberg.
"Lutem por nossos direitos como lutam contra o terrorismo", afirmou o vereador Ydanis Rodríguez. Ele afirmou que fará uma proposta legislativa para que Nova York conte com uma "Carta de Direitos dos Manifestantes".
"Estou horrorizada. Quem deveria nos proteger só se preocupa em proteger o poder e o dinheiro", lamentou Liesbeth Rapp, que presenciou as prisões do último sábado, quando algumas pessoas ficaram feridas.
Perguntado por um "plano de ação", o porta-voz do Occupy Wall Street mencionou à Efe três momentos chave em seu calendário: uma manifestação no 1º de maio por ocasião do Dia Internacional do Trabalho, a cúpula da Otan que será realizada em Chicago nos dias 20 e 21 de maio, e as convenções democratas e republicanas.
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