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A busca por um acordo que encerre a guerra civil na Líbia se intensificou nesta terça-feira, com a chegada a Trípoli de um enviado especial da ONU, e sinais de potências ocidentais de que Muamar Kadafi poderia permanecer no país se abdicar do poder.

Abdul Elah al-Khatib, enviado da ONU que já visitou os rebeldes de Benghazi na segunda-feira, está buscando um "processo político" para encerrar o conflito, iniciado há cinco meses. Apesar da ajuda aérea da Otan, os revoltosos até agora não conseguiram derrubar Kadafi, que governa a Líbia há 41 anos.

A França e outros países ocidentais envolvidos na coalizão anti-Kadafi têm sinalizado que o líder líbio poderia permanecer no país desde que ele e outros membros do regime deixem o poder.

Nesta semana, um dirigente rebelde pareceu concordar com essa hipótese, contrariando as exigências anteriores dos revoltosos para que Kadafi deixasse a Líbia.

A Otan tem pressa em encontrar uma solução porque o mandato da ONU para a sua ação militar termina em 27 de setembro. Mas também há esperança de que algum tipo de acordo seja alcançado antes do início do mês sagrado islâmico do Ramadã, a partir do início de agosto.

Numa reunião na segunda-feira em Londres, os chanceleres da França e da Grã-Bretanha reiteraram a exigência de que Kadafi deixe o poder. O ministro britânico, William Hague, insistiu que Londres gostaria de ver Kadafi fora da Líbia, pois seria "a melhor forma de mostrar ao povo líbio que ele não precisa mais ter medo de Kadafi".

No entanto, Hague ressalvou que "cabe a eles (líbios) determinarem seu futuro, e não que aqueles que estão de fora tentem estabelecer esse futuro".

O chanceler francês, Alain Juppé, também disse que, para a França, o importante é que "Kadafi renuncie a qualquer tipo de poder e se comprometa a não desempenhar qualquer tipo de papel... e então caberá ao povo líbio decidir qual será seu futuro".

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