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Cabo de guerra

Ocidente ameaça Putin com sanções

 | Shannon Stapleton/Reuters
(Foto: Shannon Stapleton/Reuters)
Em Donetsk, manifestantes protestaram em favor da Rússia |

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Em Donetsk, manifestantes protestaram em favor da Rússia

O aumento da presença militar na península da Crimeia e os rumores de que a Rússia teria dado um ultimato para a rendição das tropas ucranianas na região elevaram o temor de um conflito, derrubaram bolsas ao redor do mundo e fizeram com que EUA e europeus subissem ontem o tom das ameaças de sanções.

A notícia de que os russos teriam dado prazo até as 5h de hoje (0h em Brasília) para que militares ucranianos na Crimeia se rendessem foi divulgada pela agência de notícias russa Interfax, mas depois desmentida pelo Ministério de Defesa, que a classificou como "sem sentido".

O governo ucraniano tampouco confirmou o ultimato, mas acusou a Rússia de ampliar a presença em seu território, cercando bases militares. Segundo o embaixador ucraniano na ONU, 16 mil soldados russos foram para o país desde 24 de fevereiro.

O presidente interino, Oleksander Turchinov, disse que três navios militares ucranianos foram cercados na cidade de Sebastopol. Helicópteros e aviões russos também foram enviados para a região.

Em Kerch, no leste da Crimeia, tropas russas assumiram o comando de um terminal de balsas que fazem o trajeto entre a região e a Rússia.

A tensão na Crimeia começou depois que protestos em massa – especialmente em Kiev – levaram à queda do presidente ucraniano Viktor Yanukovich, aliado de Moscou, e à sua substituição por um governo mais próximo do Ocidente, em fevereiro.

A transição levou a população da Crimeia, de origem majoritariamente russa, a protestar contra o novo governo – e a Rússia, a enviar tropas para a região, onde mantém uma base militar estratégica.

Ontem, as cidades de Do­­netsk, Lugansk e Odessa, que ficam fora da Crimeia, também tiveram manifestações pró-Rússia.

Líder russo se coloca no "lado errado da história", diz Obama

O presidente americano, Barack Obama, disse ontem que, caso o governo russo continue em sua "atual trajetória" em relação à Ucrânia, os EUA analisarão medidas econômicas e diplomáticas para "isolar a Rússia". Essas medidas, segundo ele, teriam um impacto negativo para a economia russa e para "a sua posição no mundo".

O presidente fez a declaração na Casa Branca, em reunião com o premiê israelense Benjamin Netanyahu.

Segundo Obama, a Rússia está se colocando no "lado errado da história" com sua intervenção militar na região ucraniana da Crimeia. O presidente americano disse que a maior parte da comunidade internacional avalia as medidas tomadas pela Rússia como uma violação das leis internacionais.

Para Obama, os vínculos que a Rússia mantém com a Ucrânia e em especial com a Crimeia não servem como desculpa para que a Rússia atue impune na região.

O secretário de Estado americano, John Kerry, viajou ontem a Kiev, em um forte sinal de apoio ao governo interino ucraniano, que assumiu após a deposição do presidente Viktor Yanukovich.

A Rússia alega que só está na Crimeia para proteger civis de origem russa. Nos últimos dias, homens armados sem identificação – russos, segundo o governo ucraniano – cercaram instalações militares ucranianas na Crimeia.

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