Potências ocidentais se reúnem em Londres nesta segunda-feira para discutir reforçar as sanções ao Irã, em meio a um palavrório duro e algumas vezes pitoresco entre Washington e Teerã sobre o programa nuclear da República Islâmica.
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, declarou que seu país não tinha ``freios nem marcha a ré'', fazendo com que a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, dissesse que Teerã precisava de um ``botão para parar'' em um programa que, teme o Ocidente, possa produzir armas nucleares.
O vice-presidente norte-americano Dick Cheney disse que todas as opções estavam sobre a mesa após a recusa do Irã em cumprir um prazo da Organização das Nações Unidas (ONU) para suspender seu enriquecimento de urânio. Um vice-ministro iraniano disse que o Irã estava preparado até mesmo para a guerra.
DIPLOMACIA
Autoridades britânicas que sediam a reunião de segunda-feira entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha, disseram que estão decididas a tratar o assunto pela diplomacia.
Washington enviou um segundo porta-aviões para o Golfo com caças, uma medida vista como uma advertência ao Irã. E durante sua visita à Austrália, Cheney disse que seria ``um grave erro'' deixar que o Irã se tornasse uma potência nuclear.
O Irã insiste que tem direito à energia nuclear e quer negociar com os europeus, e mesmo com Washington, sem abrir mão do enriquecimento de urânio.
O Ocidente suspeita que Teerã esteja tentando fabricar um arsenal atômico e diz que o fato de o país manter seu programa nuclear secreto por 18 anos até 2002 e sua falta de cooperação com os inspetores da ONU mostram má intenção.
A reunião em Londres deve discutir uma proibição de viagens a autoridades iranianas e restrições em negócios não relacionados ao programa nuclear, além das sanções já existentes, que proíbem transferências de tecnologia nuclear.
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