O Ocidente ganhou um apoio-chave nesta quinta-feira (15) para deixar a economia do Irã ainda mais isolada. Os responsáveis pelo sistema Swift, por onde passam quase todas as transações bancárias internacionais, anunciaram que, a partir de sábado (17), boicotarão os negócios de 30 bancos iranianos.
O sistema, que tem base de operações na Bélgica, é fruto de uma sociedade cooperativa internacional e é tão importante que é às vezes chamados de a "cola", capaz de manter interligadas as principais entidades financeiras do mundo. As restrições atingirão em cheio negócios de nível estatal, como a indústria do petróleo, mas devem ter também forte impacto na vida dos iranianos que moram no exterior e enviam dinheiro para casa. A partir das 13h (Brasília) de sábado, passará a ser praticamente impossível para qualquer iraniano fazer transações com o exterior - ou vice-versa - por canais legais. - É um passo extraordinário e sem precedentes para o Swift. É um resultado direto das ações internacionais para intensificar as sanções financeiras contra o Irã - disse Lazaro Campos, executivo-chefe da companhia. O governo iraniano não se manifestou após a imposição das novas restrições. A Comissão Europeia, por sua vez, classificou a iniciativa como a "colocação em prática" das medidas para enfraquecer o regime iraniano. Apesar das sanções internacionais, China e Índia vinham sustentando que manteriam a compra de petróleo iraniano, mas agora o único caminho legal que lhes resta para pagar por isso será o ouro. - Se os bancos iranianos não puderem fazer transações com bancos pelo mundo, isso vai causar o colapso de várias relações bancárias e de muitos negócios - opinou Morteza Masoumzadeh, do comitê executivo do Conselho de Negócios Iranianos em Dubai. O anúncio coincide com a notícias de que as principais casas de câmbio dos Emirados Árabes Unidos pararam de negociar a moeda iraniana, o rial, nas últimas semanas. A decisão deve minar um dos principais caminhos usados pelos negociantes iranianos para obter moeda forte.
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