A Organização dos Estados Americanos (OEA) repudiou o golpe militar que destituiu, neste domingo (28), o presidente de Honduras, Manuel Zelaya. O organismo internacional convocou uma sessão de emergência dos chanceleres americanos para determinar as ações que a instituição adotará contra os golpistas e o governo instalado em Tegucigalpa.
A resolução, que demorou cinco horas para ser redigida, foi aprovada por aclamação pelos embaixadores dos 34 Estados membros que convocaram uma reunião de emergência logo após a expulsão e destituição do presidente hondurenho. Os ministros de Relações Exteriores se reunirão em Washington na segunda-feira, a partir das 16 horas.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, expressou seu "firme apoio às instituições democráticas de Honduras e pediu a restituição a seus cargos, dos representantes democraticamente eleitos, dentre eles o presidente. Ban Ki-Moon disse que está "profundamente preocupado" com os acontecimentos recentes no país centro-americano e condena a prisão de Zelaya e seus colaboradores.
Em comunicado emitido por seu escritório, Ban Ki-Moon pediu a "restituição dos representantes democraticamente eleitos do país e o respeito total dos direitos humanos, incluindo salvaguardas para a segurança do presidente Zelaya, membros de sua família e de seu governo". Ele pediu aos hondurenhos que "comprometam-se pacificamente e com o espírito de reconciliação para resolver suas diferenças" e disse que a ONU está pronta para ajudar Honduras a superar a crise.
A afirmação de Ban ocorreu pouco depois do pronunciamento do presidente da Assembleia Geral da organização, Miguel d'Escoto Brockmann, que condenou de maneira "firme e categórica" o golpe militar.
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