A Secretaria-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou nesta quinta-feira (10) um comunicado no qual condenou o regime de Nicolás Maduro pela prisão, tortura e outras formas de violência contra crianças e adolescentes na Venezuela.
A nota destacou que esses jovens são alvos de detenções ilegais “e submetidos a humilhações e torturas inimagináveis, em violação de todas as convenções internacionais sobre direitos humanos e reduzindo os seus limites de humanidade e decência aos piores níveis de barbárie”.
“Os áudios e relatos dos centros de tortura na Venezuela são assustadores: menores que são torturados com choques elétricos, espancamentos, falta de comida ou mesmo abuso sexual. A sua dor e os seus gritos são uma nova razão inevitável para todos os democratas exigirem inequivocamente o fim da barbárie na Venezuela”, apontou a Secretaria-Geral da OEA.
“Segundo alguns relatos, há menores detidos com acusações irracionais e infundadas, como terrorismo e traição, e queixas públicas de numerosas mães, outros familiares e da sociedade civil confirmam isso”, afirmou o órgão.
“A Secretaria-Geral da OEA exige a libertação imediata dos menores sequestrados pelo regime venezuelano, que se ponha fim a todos os tipos de tortura e que os responsáveis materiais e intelectuais por estes crimes infames sejam levados à Justiça”, acrescentou.
A ditadura de Maduro intensificou a repressão à sociedade civil após os protestos que contestaram a fraude eleitoral de 28 de julho na Venezuela. Ao menos 27 pessoas foram mortas e outras 1.784 foram detidas pelas forças de segurança chavistas desde então.
Segundo o boletim mais recente da ONG Foro Penal, divulgado na manhã desta quinta-feira, hoje há 1.916 presos políticos na Venezula, dos quais 70 são adolescentes com idade entre 14 e 17 anos.
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