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O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, (à direita) participando de uma reunião de transição de governo na Guatemala
O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, (à direita) participando de uma reunião de transição de governo na Guatemala| Foto: EFE/Edwin Bercian

A Secretaria-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) definiu nesta sexta-feira (8) como uma "tentativa de golpe de Estado do Ministério Público da Guatemala" a iniciativa dos procuradores Rafael Curruchiche e Leonor Morales de anular as eleições gerais do país centro-americano.

Em um comunicado, o gabinete do secretário-geral da organização, Luis Almagro, pediu ao atual presidente do país, Alejandro Giammattei, ao Tribunal Constitucional, à Corte Suprema de Justiça e ao Congresso a agirem contra os "autores dessa tentativa" para "defender as instituições e a ordem constitucional".

De acordo com a Secretaria-Geral, "a tentativa de anular as eleições gerais deste ano constitui a pior forma de ruptura democrática e a consolidação de uma fraude política contra a vontade do povo".

A declaração do órgão central da OEA foi feita poucas horas depois que o Ministério Público da Guatemala declarar inválidas as eleições presidenciais vencidas este ano por Bernardo Arévalo de León.

O MP justificou sua decisão com base em alegadas irregularidades administrativas do Tribunal Supremo Eleitoral e abriu um novo processo contra ele, relacionado à criação e ao financiamento do partido Movimento Semente.

Desde a surpreendente vitória de Arévalo de León, o Ministério Público, liderado pela procuradora-geral Consuelo Porras, tentou em várias ocasiões reverter o resultado das urnas.

As ações do MP levaram os Estados Unidos, em 12 de julho, a sancionar a cúpula do órgão por corrupção.

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