O secretário da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, publicou uma foto no X nesta sexta-feira (13) onde mostra um atirador de elite do regime de Nicolás Maduro posicionado em frente à Embaixada da Argentina em Caracas, onde seis opositores venezuelanos estão asilados desde o dia 27 de março de 2024.
A embaixada, que está sob proteção do Brasil desde quando o governo argentino subiu o tom contra Maduro e Caracas expulsou sua equipe diplomática, vem sendo alvo de um forte certo perpetrado pelo chavistas, que intensificaram sua perseguição contra opositores desde o final das eleições presidenciais de julho.
Junto da imagem, Almagro compartilhou um comunicado onde a OEA classificou o cerco ao local como uma “ameaça direta à vida dos asilados e uma flagrante violação dos tratados internacionais”, ressaltando que a presença intimidadora de “pessoal armado, os cortes de energia elétrica e de água encanada, assim como a interrupção do fornecimento de alimentos e água, representam um perigo iminente para a vida e a integridade dos asilados”.
“A Secretaria-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) reitera sua mais enérgica condenação ao cerco e ao assédio perpetrados pelas forças de segurança venezuelanas em torno da Residência Oficial da Embaixada da Argentina em Caracas, onde seis cidadãos venezuelanos estão asilados desde março”, diz o comunicado.
No comunicado, a OEA reforçou a necessidade de a Venezuela cumprir imediatamente o dever de conceder salvo-condutos, a fim de possibilitar a saída dos seis cidadãos venezuelanos asilados no local forma segura. A ideia é que estes opositores, vinculados à líder María Corina Machado, deixem o país.
“A OEA reitera que a concessão de salvo-condutos para os asilados é um imperativo que deve ser cumprido imediatamente. A recusa em conceder esses salvo-condutos não apenas agrava a situação dos asilados, mas também constitui uma violação das obrigações internacionais assumidas pela Venezuela”, diz o texto.
Nesta semana, Argentina, Estados Unidos, Chile e mais dez nações americanas exigiram, em declaração conjunta na OEA, a concessão imediata de salvo-condutos para os asilados. A declaração não foi apoiada pelo Brasil.