Uma comissão da Organização dos Estados Americanos (OEA) pediu nesta quarta-feira que os envolvidos nas negociações para um acordo político em Honduras se concentrem na constituição de um governo de unidade nacional, já que não houve avanços na questão-chave da restituição do presidente Manuel Zelaya ao cargo.

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A comissão atua como supervisora de um entendimento para superar a crise desencadeada pelo golpe de estado de junho, que depôs Zelaya.

O acordo, alcançado na semana passada entre representantes de Zelaya e do governo de fato, contempla como ponto fundamental que o Congresso vote o retorno do presidente ao poder, mas esse tópico enfrenta obstáculos por causa de divergências entre deputados. O esperado debate foi adiado.

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Para garantir a realização das eleições presidenciais de 29 de novembro, os membros da comissão de supervisão da OEA pediram agilidade para que o acordo seja cumprido e assim o país possa sair da crise.

A secretária de Trabalho dos Estados Unidos, Hilda Solis, disse que o acordo prevê que no dia 5 de novembro se estabeleça um governo de unidade e reconciliação nacional. "Este é um marco que tem de ser alcançado", declarou.

Quando questionado sobre o retorno de Zelaya, Solis respondeu que "tudo vai levar tempo, não temos hora nem data".

Zelaya foi destituído em 28 de junho e expulso de Honduras por militares que o ameaçaram com armas. Depois de obter apoio internacional durante seu exílio forçado, ele voltou às escondidas ao país no fim de setembro e se refugiou na Embaixada do Brasil.

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