Os bombardeios de Israel na Faixa de Gaza já deixaram mais de 85 mortos desde terça-feira, quando a ofensiva teve início, informaram funcionários do serviço médico palestino. O número de feridos supera 300.
Israel intensificou os ataques nesta quinta-feira (10) em uma operação contra o Hamas. Mais de 900 alvos foram atacados até o momento, enquanto os militantes do Hamas responderam à escalada na tensão com o lançamento de centenas de foguetes contra Israel. O grupo atacou inclusive as duas maiores cidades do país Jerusalém e Tel Aviv, mas esses lançamentos foram interceptados pelo sistema de defesa antiaéreo.
O presidente Barack Obama ligou ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e ofereceu apoio aos esforços de Israel de se defender dos foguetes. Ele também insistiu que israelenses e palestinos protejam os civis e restabeleçam a calma. A Casa Branca informou que os EUA estão dispostos a facilitar o fim das hostilidades, potencialmente em linha com um cessar-fogo de 2012 que o Egito e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton ajudaram a costurar.
Em reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o secretário-geral Ban Ki-moon se mostrou preocupado e também pediu um cessar-fogo imediato. "É inaceitável para os cidadãos dos dois lados viverem permanentemente com medo do próximo ataque aéreo", afirmou.
Há relatos de civis sendo bombardeados pelos ataques de Israel. No campo de refugiados de Khan Younis, no sul de Gaza, um míssil destruiu uma casa e matou oito familiares, restando apenas um sobrevivente. O vizinho Iyad Hamad acusou a morte de crianças, mulheres e idosos. O tenente-coronel Peter Lerner, porta-voz militar, afirmou que o incidente está sob investigação.
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