Leia a cobertura completa do conflito:
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> Entenda o conflito na Faixa de Gaza
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O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, desmentiu nesta terça-feira (30) a intenção de uma trégua contra as forças do Hamas e afirmou que a ofensiva militar na Faixa de Gaza só terá fim depois que forem alcançados os seus objetivos na região.
"A ofensiva em Gaza apenas começou e não terminará enquanto nossos objetivos não forem atingidos... Continuaremos de acordo com o plano", disse.
A declaração do premier israelense se seguiu a uma série de notícias sobre uma possível interrupção de 48 horas no conflito, que teve início no sábado e que já vitimou mais de 375 pessoas, muitos deles civis. A informação também já havia sido negada por autoridades militares israelenses e pelo ministro de infra-estrutura, Binyamin Ben-Eliezer. Segundo ele, uma trégua contra o Hamas apenas daria ao grupo tempo para se reorganizar e intensificar o lançamento de foguetes contra o território israelense.
"O Hamas não sofreu danos expressivos nos nossos ataques mais recentes", disse Ben-Eliezer.
De acordo com uma emissora de televisão israelense, citando o serviço de inteligência militar como fonte, a ofensiva aérea de Israel na Faixa de Gaza já destruiu um terço do arsenal de foguetes do Hamas. O Canal 10 informou que a facção palestina teria cerca de 2 mil foguetes, incluindo centenas com capacidade de longo alcance no estado Judeu. Quando os ataques começaram no sábado, o Hamas teria cerca de 3 mil foguetes.
Relator da ONU se diz chocado com a inércia da comunidade internacional Apesar da negativa de adoção de uma trégua, o governo de Israel disse nesta terça-feira que estava preparado para trabalhar com a França e com outros governos para permitir que o fluxo de ajuda na Faixa de Gaza aumente.
"Queremos ver comboios e mais comboios de ajuda humanitária e estamos dispostos a trabalhar de perto com toda as partes internacionais relevantes para facilitar esse objetivo", disse Mark Regev, porta-voz do primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, quando perguntado sobre uma proposta da França para uma trégua humanitária de 48 horas.
"Ao mesmo tempo, é importante manter a pressão no Hamas, não dar nem um intervalo, nenhum tempo para que se reúnam ou se reorganizem", acrescentou Regev no quarto dia de ataques aéreos de Israel em Gaza. Israel diz que seu objetivo é eliminar os disparos de foguetes por militantes.
Lula critica inoperância da ONU por não conseguir resolver conflito O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nesta terça-feira, em Recife, a inoperância da ONU, em não conseguir acabar com o conflito entre Israel e os palestinos no Oriente Médio. Lula informou ter determinado que o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, entre em contato com autoridades estrangeiras para convocar uma reunião em busca de uma solução para o conflito entre árabes e judeus. Amorim deverá ligar para o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que está de férias no Brasil com a esposa, Carla Bruni, a fim de discutir a questão.
Segundo o presidente, a iniciativa seria mais bem recebida porque partiria do Brasil, um campo neutro onde árabes e judeus convivem pacificamente.
"Nós, do Brasil, vamos trabalhar junto a outros países para achar um jeito daquele povo parar de se matar", declarou Lula.
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