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Oficiais americanos podem esperar pelo seu "dia de sofrimento", uma vez que o comandante das tropas dos Estados Unidos no Iraque termine de revisar um relatório que conclui que eles se omitiram diante das alegações de que seus homens mataram 24 civis em Haditha. A informação foi dada neste sábado por uma autoridade militar dos EUA.

O relatório sobre os supostos erros cometidos na investigação do caso, em que fuzileiros são acusados por iraquianos de matar homens, mulheres e crianças a sangue frio, foi passado para o general George Casey na sexta-feira, segundo comunicado curto feito pelas Forças Armadas.

De acordo com autoridades, agora parecem prováveis sanções por indisciplina contra oficiais da 2ª Divisão de Fuzileiros Navais.

- Os fuzileiros passarão pelo seu dia de sofrimento - afirmou uma autoridade militar em Bagdá, conhecedor das recomendações do comando geral das forças americanas.

As conclusões do relatório devem ser divulgadas logo, possivelmente em uma semana, já que generais e diplomatas dos Estados Unidos se esforçam para assegurar a cética população iraquiana e o novo governo do país de que soldados terão de responder por casos de supostos abusos.

Casey terá que decidir que sanções serão tomadas por causa do incidente em Haditha.

O relatório preparado pelo major-general Eldon Bargewell identificou falhas em áreas como comunicação interna e treinamento, disse a autoridade militar.

A principal crítica contra os oficiais é o fato de eles não terem questionado as inconsistências dos relatos de seus homens sobre o dia do incidente em Haditha.

Haditha fica na violenta província de Anbar, o coração da insurgência da minoria sunita no oeste. Três soldados foram mortos lá no sábado.

Os fuzileiros disseram em um comunicado divulgado no dia seguinte às mortes em Haditha, no ano passado, que 15 dos civis mortos foram vítimas da mesma bomba que matou um fuzileiro durante uma patrulha.

A principal questão do relatório de Bargewell é como essa versão, incorreta, não foi corrigida mesmo depois de relatórios médicos terem mostrado que todos os mortos tinham feridas de tiros. Sobreviventes declararam à revista Time que fuzileiros foram de casa em casa, em fúria. Entre os mortos, estava uma menina de três anos.

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