Membros das forças especiais da Ucrânia trocaram tiros com uma milícia pró-Rússia neste domingo (13) na cidade de Slovyansk, disse o ministro do Interior ucraniano, Arsen Avakov. Segundo ele, um oficial ucraniano foi morto e outros cinco ficaram feridos no confronto. Este foi o primeiro relato de troca de tiros no leste da Ucrânia, em que homens armados tomaram o controle de vários prédios de órgãos de segurança nos últimos dias.
Avakov publicou no Facebook que um membro do Serviço de Segurança foi morto em Slovyansk, onde um posto policial e um escritório tinham sido invadidos no dia anterior por homens armados em uniformes militares. O ministro disse também que houve baixas entre os membros da milícia.
A administração regional na cidade industrial de Donetsk, próxima a Slovyansk, emitiu um comunicado confirmando que havia um morto e nove feridos. O escritório não divulgou a identidade dos feridos, mas disse que a morte havia ocorrido durante troca de tiros nos arredores de Slovyansk.
Em uma publicação anterior, Avakov disse que os homens armados abriram fogo contra forças especiais da Ucrânia que tinham sido enviadas à cidade no domingo. Ele pediu aos moradores que mantivessem a calma e permanecessem em suas casas.
Um repórter da Associated Press que chegou ao local no domingo disse não ter visto sinais de violência nem marcas de tiro no posto policial, que estava cercado por uma linha reforçada de barricadas. Um dos guardas que patrulhavam as barricadas e pediu para não ser identificado disse que não houve troca de tiros no posto policial.
Em conversa telefônica com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, demonstrou grande preocupação com a possibilidade de os ataques terem sido "orquestrados e sincronizados", segundo o Departamento de Estado dos EUA. Kerry deixou claro que, se a Rússia não tomar medidas para diminuir as tensões no leste da Ucrânia e não retirar suas tropas da fronteira com o país, haverá mais consequências, disse o departamento.
O Ministério de Relações Exteriores da Rússia refutou as alegações de Kerry, enquanto Lavrov culpou a Ucrânia pela crise. O ministro advertiu ainda que a Rússia pode boicotar a reunião com a Ucrânia, a União Europeia e os EUA marcada para a próxima semana caso Kiev use força contra residentes do sudeste do país.
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