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População nigeriana convive com instabilidade econômica e crimes como sequestros em massa
População nigeriana convive com instabilidade econômica e crimes como sequestros em massa| Foto: Wikimedia Commons

Líderes da sociedade civil denunciaram, neste sábado (08), o sequestro de mais de oitenta pessoas, incluindo menores, no estado de Zamfara, noroeste da Nigéria. O sequestro teria ocorrido ontem (07) por homens armados.
"Mais de 80 pessoas foram sequestradas por bandidos na manhã de sexta-feira no povoado de Wanzamai, município de Tsafe”, disse à Agência EFE, hoje, por telefone, Attahiru Mohammed, secretário da Coalizão da Sociedade Civil de Zamfara (Zascon).
"As vítimas do sequestro na Nigéria, meninos e meninas, foram à floresta buscar lenha para cozinhar por volta das 8h (hora local) quando os bandidos os pararam, cercaram e os levaram embora", disse Mohammed.
A polícia, porém, reduziu para nove o número de pessoas nas mãos dos criminosos.

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"As informações recebidas do chefe do comando da aldeia revelam que (…) ao entrarem na floresta, os bandidos os abordaram, sequestraram e os levaram para um local desconhecido", disse em comunicado Mohammed Shehu, porta-voz da polícia de Zamfara.
O agente garantiu que “a polícia local e outros órgãos de segurança deslocaram-se ao local e iniciaram as busca com o objetivo de resgatar os reféns e prender os agressores”.

Segundo o líder da Zazcon, “o incidente deixou toda a comunidade confusa, porque muitas famílias foram afetadas. Não fomos informados do retorno ou libertação de nenhuma das vítimas do sequestro”, acrescentou.

Ação dos criminosos

Alguns estados nigerianos - especialmente no centro e noroeste do país - sofrem ataques incessantes de "bandidos", termo usado no país para nomear quadrilhas criminosas que cometem roubos e sequestros em massa para pedir grandes resgates.

A violência continua, apesar das repetidas promessas do presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, de acabar com o problema e enviar mais forças de segurança para a área.
A esta insegurança junta-se a causada desde 2009 pela atividade do grupo jihadista Boko Haram no nordeste do país e, a partir de 2016, também pela sua cisão, o Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP, na sigla em inglês).

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